Internação não deve ser único método para recuperação de usuários de drogas

Tema é debatido no USP Analisa, pela docente da FFCLRP

 12/04/2017 - Publicado há 7 anos     Atualizado: 15/05/2017 as 14:14
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Quando se fala em recuperação de usuários de drogas, a primeira ação a ser considerada por muitas famílias é a internação em clínicas ou comunidades terapêuticas. Mas nem sempre essa é a melhor forma de tratamento. Para ampliar o entendimento sobre esse tema, o USP Analisa desta semana conversa com a professora do Departamento de Psicologia da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras (FFCLRP) da USP de Ribeirão Preto Clarissa Corradi-Webster e com a psicóloga e mestre em Psicologia pela USP Ribeirão Preto Mariane Capellato Melo.

“O tratamento para usuários de drogas deve ir além de questões de saúde. Tem que trabalhar com uma rede de assistência social questões ligadas ao abrigamento e habitação, geração de renda própria, entre outras. Também é preciso pensar na questão do comércio de drogas, já que muitos acabam internados por problemas com o tráfico”, explica a docente.

Orientada por Clarissa, Mariane desenvolveu sua pesquisa de mestrado sobre as internações e observou que há grande uso desse método dentro da Rede de Apoio Psicossocial (RAPS). “Quando falamos em internação, existe uma legislação que determina como e em que momento ela deve acontecer, se é voluntária, involuntária ou compulsória. Dentro disso, tem o direito da família e do próprio usuário saberem onde ele vai ficar e ele ter acesso à família a qualquer hora. A gente ouve relatos de pessoas que são internadas, proibidas de sair daquele local e a família é orientada a não fazer contato nos primeiros meses”, conta.

Segundo Clarissa, a legislação orienta como a RAPS deve funcionar, mas a implantação depende de cada município e das políticas públicas do Estado e da União. “A Rede engloba serviços que vão desde atenção básica, moradia, até internação hospitalar. Dentro dela, existem os Centros de Atenção Psicossocial, os CAPS, que oferecem serviços especializados como psicoterapias grupais, atendimento de saúde, à família e aconselha a pessoa a estar em contato com a escola e a profissionalização. Mas isso acaba variando de município para município”.

O programa é uma produção conjunta da USP FM de Ribeirão Preto (107,9 MHz) e do Instituto de Estudos Avançados Polo Ribeirão Preto (IEA-RP) da USP.

Mais informações: thcardoso@usp.br

Por: Thais Cardoso


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