Preconceito de idade segrega pessoas mais velhas do consumo de tecnologia

Segundo Luli Radfahrer, há um estigma imposto por campanhas de marketing de grandes empresas que associam a tecnologia unicamente a pessoas jovens

 05/02/2021 - Publicado há 4 anos

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Na coluna Datacracia desta semana, Luli Radfahrer discute o preconceito de idade no mercado de tecnologia. Segundo o colunista, há um estigma imposto por campanhas de marketing de grandes empresas que associam a tecnologia, assim como outros mercados, a pessoas jovens, de modo a segregar os mais velhos. As interfaces de aplicativos e os produtos não são desenhados para pessoas em idades avançadas, o que dificulta a experiência e pode levar à sensação de incapacidade.

Para Radfahrer, o problema não é uma suposta dificuldade de compreensão dos mais velhos, mas a falta de desenvolvimento de produtos inclusivos por parte dos fabricantes: “O problema físico e cognitivo é do fabricante, do desenvolvedor, do sujeito que fez a interface. O indivíduo não tem culpa de ser mais velho. Precisamos aplicar melhor a tecnologia que já existe e nos preocupar em eliminar o preconceito”.

O colunista acredita que o preconceito surgiu de estratégias de marketing ao propagar a ideia de que os mercados de tecnologia, beleza, moda e vários outros são voltados apenas para pessoas jovens. Há segregação de pessoas mais velhas e, devido à impressão de não pertencimento, ocorrem sensações típicas de bullying: “A vítima se sente incapaz, pede desculpas por ser velho, o que é um absurdo”.


Datacracia
A coluna Datacracia, com o professor Luli Radfahrer, vai ao ar quinzenalmente, sexta-feira às 8h, na Rádio USP (São Paulo 93,7 ; Ribeirão Preto 107,9 ) e também no Youtube, com produção da Rádio USP Jornal da USP e TV USP.

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