O MAPi é uma plataforma web de mapeamento interativo que pode ser acessada pelo computador ou smartphone sem a necessidade de cadastro prévio. Sua principal funcionalidade é a visualização de dados geoespaciais, assim como o mapeamento colaborativo. O aplicativo permite que o usuário ajude na atualização de dados da paisagem urbana e contribua para sua renovação. Kauê Oliveira Almeida, pesquisador do Centro de Estudos da Metrópole da USP e desenvolvedor do aplicativo, cita exemplos de sua aplicabilidade no dia a dia.
“Então, por exemplo, a gente consegue fazer a visualização de dados, do Censo demográfico ou de qualidade de ensino ou de resultados eleitorais, só que, ao invés de planilhas, a gente consegue visualizar essas informações no território. A gente consegue apresentar no mapa quais regiões têm maior concentração de pessoas negras dentro de uma cidade, por exemplo, ou qualquer concentração de renda em um município, um Estado”, explica o pesquisador.
A visualização é feita por meio de mapas coropléticos, uma superfície estatística por meio de áreas simbolizadas com cores e também pelo mapeamento colaborativo, que permite aos usuários fazerem upload de fotos de fachadas, vias e ambientes da cidade.
Uso pedagógico
A ferramenta também pode ser utilizada como instrumento de apoio didático. A plataforma busca democratizar o acesso a dados geográficos, em especial, nos centros periféricos. Sobre a utilização da ferramenta para enriquecimento pedagógico, Kauê Oliveira discorre sobre um de seus principais objetivos: “O que a gente está mirando é que realmente a gente tenha um envolvimento com os estudantes, mas que eles também possam fazer parte do planejamento territorial das suas comunidades e que a gente consiga fazer mapeamento desses dados. A gente sabe que as escolas têm uma capilaridade grande nas comunidades, a participação dos estudantes no processo ajuda a coletar dados mais precisos. Nas periferias, a qualidade dos dados não é tão boa quanto nas regiões mais centrais da cidade, o que dificulta a formulação de políticas públicas efetivas.”, afirma.
Com o aperfeiçoamento do sistema de mapeamento, o pesquisador acredita que o processo de demanda por prioridade maior do poder público é facilitado e que a ajuda das escolas é crucial para essas reivindicações.
As inscrições do projeto ainda estão abertas e espera-se o aumento do número de escolas na iniciativa. O link de inscrição está disponível no site do Centro da Metrópole e na plataforma do MAPi, no link de mapeamento colaborativo.
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