Os países membros da ONU, cerca de 200, deverão concluir, no próximo dia 26 de agosto, um acordo sobre a utilização e proteção de áreas no alto-mar que não estão sob a jurisdição de nenhum país: as 200 milhas. “Há tempos que o tema está em discussão, principalmente as de caráter mais técnico, que vêm desde 2004”, informa o professor José Eli da Veiga. Segundo ele, todo o plano de negociação deveria ter sido fechado em 2020, mas por conta da pandemia houve o atraso. “Agora há uma grande expectativa para ver o que, de fato, será decidido até o próximo dia 26 de agosto, quando se encerram os encontros”, salienta Eli da Veiga.
O colunista explica que a pauta dos encontros gira em torno de questões como os estudos de impactos ambientais, que talvez sejam de fácil resolução, e sobre os espaços protegidos nas áreas de alto-mar e o tipo de reserva que poderia ser feito nessas áreas. “Enquanto os países mais avançados são favoráveis a estabelecer áreas protegidas onde ninguém poderia mexer, os países do sul argumentam que podem fazer isso, mas que gostariam de contar com as tecnologias que seriam transferidas pelos países desenvolvidos”, explica Eli da Veiga.
Sustentáculos
A coluna Sustentáculos, com o professor José Eli da Veiga, vai ao ar quinzenalmente quinta-feira às 8h, na Rádio USP (São Paulo 93,7; Ribeirão Preto 107,9) e também no Youtube, com produção na Rádio USP, Jornal da USP e TV USP.
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