Ruas movimentadas, atividades retomadas, aglomerações. A impressão é de que a pandemia acabou. No entanto, de acordo com Glauco Arbix, “é difícil que o vírus desapareça”. O especialista relembra que, até hoje, agentes que causaram epidemias no passado, por exemplo, o H1N1, atuam entre os seres humanos.
Na última semana, Anthony Fauci, uma das maiores autoridades do mundo em imunologia e responsável por tratar do tema na Casa Branca, declarou que o coronavírus veio para ficar. Visto isso, de acordo com Arbix, “vamos ter que avançar nas formas de tratamento e imunização”.
“A situação é que teremos que conviver com ele [coronavírus]. Nem tudo está perdido. Se fizermos boas políticas públicas, baseadas em evidências, um grau de imunidade de rebanho pode ser atingido. Pode também surgir uma boa vacina, muitas tentativas estão sendo desenvolvidas. Com essa combinação, podemos controlar a pandemia e oferecer perspectivas de um mundo mais seguro em termos de saúde”, afirma o especialista.
Nos EUA, o número mortes pela covid-19 já ultrapassa os 200 mil, o mesmo número de vidas estadunidenses perdidas durante quatro anos na Segunda Guerra Mundial, como relembra o especialista. E o Brasil se aproxima das 150 mil, “uma grande parte do bolo letal, o que é muito desagradável”.
Mais informações sobre inovação estão disponíveis no site Observatório da Inovação, do Instituto de Estudos Avançados. Ouça a íntegra no player acima.
Observatório da Inovação
A coluna Observatório da Inovação, com o professor Glauco Arbix, vai ao ar quinzenalmente, terça-feira às 8h, na Rádio USP (São Paulo 93,7; Ribeirão Preto 107,9) e também no Youtube, com produção da Rádio USP, Jornal da USP e TV USP.
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