Na coluna desta semana, o professor Bruno Bedo analisa estudo que revela se o bochecho com carboidrato é considerado uma estratégia promissora para melhorar o desempenho em exercícios de resistência, reduzindo a fadiga central e melhorando a ativação neuromuscular. Segundo ele, um estudo recente, com colaboração de pesquisadores da EACH e da EEFE-USP, questiona a eficácia dessa técnica em exercícios incrementais.
“O estudo revelou que o bochecho com carboidrato não melhorou significativamente o tempo até a exaustão nem a potência máxima em testes incrementais. Ciclistas tiveram resultados semelhantes ao usar carboidrato ou placebo. A técnica também não foi eficaz em reduzir a fadiga central, com ambos os grupos apresentando níveis semelhantes de fadiga e percepção de esforço”, ressalta.
O estudo também indicou que, embora o bochecho com carboidrato não tenha melhorado o desempenho geral ou reduzido a fadiga, ele pode ter efeitos modestos em intensidades submáximas, como nos limiares ventilatórios 1 e 2. Contudo, os pesquisadores sugerem que o tamanho da amostra pode ter sido pequeno para detectar efeitos mais sutis. Para atletas que buscam melhorar o desempenho em atividades de intensidade moderada essa estratégia pode ser útil, mas outros estudos são necessários para confirmar seus benefícios.
Ciência e Esporte .
A coluna Ciência e Esporte, com o professor Bruno Bedo, vai ao ar toda sexta-feira às 10h00, na Rádio USP (São Paulo 93,7 FM; Ribeirão Preto 107,9 FM) e também no Youtube, com produção do Jornal da USP e TV USP.