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Na coluna de hoje, o professor Luciano Nakabashi comenta sobre contexto da desistência do presidente americano e candidato Joe Biden e a importância dessa decisão.

Segundo o colunista, nesse cenário, de um candidato à reeleição, estavam surgindo uma série de preocupações em relação à saúde e a vitalidade de Biden. “Além de estar como presidente, estar concorrendo a uma eleição presidencial, que é muito desgastante, e apesar de ele não ser muito velho (81 anos), Biden tem demonstrado sinais de falta de vitalidade. Então havia uma preocupação muito grande. Isso é importante, porque essa desistência acaba abrindo novas possibilidades, não só na questão da disputa. Eu acho que ainda não está muito claro, se o novo candidato vai ter mais chances de vencer as eleições americanas. Está em aberto nesse momento, mas existe uma possibilidade de renovação, que é importante, como acho acho que o presidente Biden tem feito um mandato bastante importante. Ele trouxe mais coerência para a política americana e para a economia.”

O professor defende que no atual momento, muito conturbado internacionalmente, são necessárias pessoas ponderadas em postos chaves, especialmente quando se trata da principal economia mundial. As implicações para o Brasil e para o mundo são grandes, especialmente quando se avalia a capacidade do Partido Democrata de permanecer no poder nos Estados Unidos. Para Nakabashi, o republicano Donald Trump está ganhando poder e gerando mais instabilidade. “Eu acho que é um tipo de candidato que, por características próprias, tende a acentuar a questão da divisão, não só dentro do país, quanto também entre outros países. Os Estados Unidos é um país muito influente, então as decisões que ele toma acabam impactando o mundo não somente em termos econômicos, mas em termos geopolíticos, de uma forma geral.

Por esse motivos, o colunista defende que pessoas para ocupar esses cargos sejam ponderados. “Qualquer presidente que seja extrema esquerda, de extrema-direita, ou populista, acaba sendo bastante ruim para a economia do país, para a sociedade do país. Mas quando você pega a economia americana, o potencial de gerar instabilidade no mundo é muito maior.” Ele também aborda a questão da redução e integração das cadeias globais de valor, que tem sido chamada de desglobalização. “E isso também tem efeitos negativos sobre a economia. Então, os dois candidatos apontavam nessa direção de maior desglobalização, mas com mais intensidade para o candidato Trump”, que segundo o professor,  traz muita instabilidade na maior democracia do mundo.

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