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João Paulo Lotufo narra esta semana a experiência que teve ao participar, no Rio de Janeiro, de uma reunião dos Parceiros de Controle do Tabaco, organizada pela ACT (Associação de Controle do Tabagismo e Promoção de Saúde), uma ONG que trabalhou com a questão da legislação sobre ambiente fechado, livre do tabaco. Lotufo representou a Sociedade Brasileira de Pediatria, entre outras entidades das quais participa. Ele gostou particularmente da fala do cientista político João Ricardo Viegas, quando alerta que o problema do cigarro não está só relacionado ao Ministério da Saúde, mas a vários outros ministérios. Como exemplo, cita o Ministério da Agricultura, pois os plantadores de tabaco deparam-se com o desafio de parar de plantar o tabaco para evitar doenças relacionadas aos agrotóxicos. A ideia então é que se inicie um programa para que se possam plantar alimentos.

A Polícia Federal e o Ministério da Justiça também estão envolvidos nessa história do tabaco, porque têm de diminuir o contrabando do tabaco vindo do Paraguai. Da mesma forma, o setor de ecologia, “porque o tabaco polui, o tabaco desmata”. Para Lotufo, todos os gestores, e principalmente o gestor político, “têm que ajudar os parceiros de controle do tabaco para diminuir o malefício que o tabaco traz para o nosso planeta”. O colunista aproveita a deixa para falar ainda sobre os prejuízos causados aos jovens pelo cigarro eletrônico, um hábito que acaba levando à dependência de nicotina. “Precisamos vencer essa luta contra o tabaco, que é a primeira causa de morte evitável no mundo. Não caia nessa ilusão de que o cigarro eletrônico faz menos mal do que o cigarro comum, essa é a conversa da indústria, mas não é a conversa da saúde”, frisa João Paulo Lotufo.

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