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Nesta coluna Conflito e Diálogo, a professora Marília Fiorillo comenta a estranha diplomacia do ditador da Bielorrússia, Aleksandr Grigorievitch Lukashenko. No poder há 27 anos, Lukashenko foi acusado de fraudar as eleições em agosto do ano passado e provocou um dos maiores protestos em massa já vistos no país, com adesão até das centrais sindicais que são controladas pelo Estado.

Entre outros abusos de poder e de influência, como recomendar vodca e sauna para curar a covid-19, “Lukashenko sequestrou um voo para prender dois passageiros: um jovem jornalista de oposição e sua namorada, ambos presos e podendo ser condenados à morte”, como conta a professora Marília Fiorillo. A prisão foi motivada devido a um canal de oposição no YouTube, com mais de 1 milhão de seguidores em um país de 9 milhões, e no Telegram, com central exilada hoje na Polônia. “É uma minguada equipe de meia dúzia de jovens vigiados pela polícia”, afirma a professora.

Autoridades da União Europeia fecharam o espaço aéreo da Bielorrússia, mas o país, que é uma espécie de protetorado da Rússia, como Mianmar é da China, mostrou-se indiferente às sanções econômicas e pressões europeias. “Pior, Lukashenko, do alto de sua impunidade, respondeu com mais ameaças e prometeu, na quarta-feira passada (26), que vai liberar o controle de suas fronteiras para facilitar a migração e estimular o tráfico de drogas. É isso mesmo. Facilitar o tráfico de drogas é a sua diplomacia”, reafirmando o que a professora considera ser um terrorismo de Estado.

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