Nem todos os avanços científicos oftalmológicos chegam à população

Apesar de novos medicamentos se mostrarem eficientes nos testes clínicos, alguns não chegam ao mercado por atenderem a um pequeno grupo de pessoas

 09/02/2022 - Publicado há 2 anos

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Nesta edição da coluna Fique de Olho, o professor Eduardo Rocha discute o porquê de certos avanços científicos, voltados para a prática médica e oftalmológica, nem sempre serem disponibilizados para a população. De acordo com o professor, novas tecnologias, métodos e medicamentos são anunciados por meio de artigos, e, diversas vezes, se mostram mais eficientes que remédios já estabelecidos no mercado. No entanto, quando profissionais da saúde procuram por tais medicamentos para tratar os pacientes, não é possível encontrá-los.

O professor Rocha dá o exemplo das injeções intraoculares de antibióticos, procedimento muito usado, por exemplo, para tratar da retinopatia diabética. “Em diversas pesquisas, apontaram que a injeção intraocular de antibióticos, após uma cirurgia de prevenção à catarata, é mais eficiente que o uso de colírio após o procedimento cirúrgico”, conta.

Segundo o professor, muitos novos medicamentos não chegam ao mercado por conta do risco de competitividade com remédios já estabelecidos e conhecidos, mesmo que a eficiência dos novos produtos seja superior. Outro fator apontado por Rocha é o de que determinados remédios atendem à demanda de um pequeno grupo de pessoas apenas, o que contribui para a descontinuação do medicamento.

Ouça acima, na íntegra, a coluna Fique de  Olho com o professor Eduardo Rocha.    


Fique de Olho
A coluna Fique de Olho, com o professor Eduardo Rocha, vai ao ar quinzenalmente, quarta-feira às 8h30, na Rádio USP (São Paulo 93,7; Ribeirão Preto 107,9) e também no Youtube, com produção da Rádio USP, Jornal da USP e TV USP.

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