Movimento adequado do tronco aumenta precisão do chute a gol por atletas com deficiência visual

Resultados foram obtidos através de análise cinemática tridimensional e, segundo o professor Santiago, contribuem para melhorar a performance desses atletas na cobrança de penalidade máxima

 03/09/2021 - Publicado há 3 anos

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O Brasil mostra participação expressiva nos Jogos Paralímpicos de Tóquio e na modalidade futebol deve se manter como destaque. Por isso, nesta edição da coluna Ciência e Esporte, o professor Paulo Roberto Santiago apresenta importante contribuição científica de um estudo publicado no ano passado na revista Sports Biomechanics, mostrando a importância da rotação do tronco do atleta no chute parado, como nas cobranças de penalidades.

Segundo Santiago, trata-se de um trabalho que analisou o chute de jogadores cegos em 3D e demonstrou o aumento da velocidade do chute – quando a posição é estática, já que o jogador não realiza a corrida pela falta de informação visual – com a rotação do tronco para trás na fase do balanço da perna para trás. A rotação do tronco, afirma, estende adequadamente a articulação do quadril. Outro fator observado foi a estabilidade da parte inferior do tronco no plano frontal durante a fase de balanço da perna para a frente.

Essas informações, acredita Santiago, podem ajudar quem trabalha com esses atletas a “não só olharem para o movimento da perna”, mas também para o do tronco.

Para quem gosta do tema, a coluna Ciência e Esporte está aberta a sugestões para as próximas edições, que podem ser feitas pelo e-mail ou através de comentários no canal da coluna no YouTube. A única restrição é que sejam temas relacionados à ciência e ao esporte.


Ciência e Esporte
A coluna Ciência e Esporte, com o professor Paulo Santiago, vai ao ar quinzenalmente sexta-feira às 8h30, na Rádio USP (São Paulo 93,7; Ribeirão Preto 107,9) e também no Youtube, com produção da Rádio USP, Jornal da USP e TV USP.

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