Mielite transversa é moléstia rara da medula espinhal

O colunista diz que a doença apresenta fraqueza muscular progressiva e dificuldade para urinar e evacuar e pode eventualmente ser complicação de quadros virais e bacterianos

 22/09/2020 - Publicado há 4 anos

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Nesta edição da coluna Minuto do Cérebro, o professor Octávio Pontes Neto fala sobre a mielite transversa, doença “neurológica, relativamente rara, causada por uma inflamação focal em um segmento da medula espinhal” e que, segundo o professor, tem como sintomas fraqueza muscular progressiva e déficits sensitivos associados à dificuldade para urinar e evacuar.

Pontes Neto explica que, frequentemente, os déficits são bilaterais, mas podem ser parciais ou assimétricos, afetando apenas um lado do corpo. Informa que a condição, geralmente, tem duração de três a seis meses, com recuperação completa. No entanto, alguns pacientes podem ter sequelas permanentes, como a paraplegia e as disfunções esfincterianas.

“Em geral, um terço dos pacientes se recupera completamente. Um terço fica com algum grau de incapacidade e um terço fica bastante incapacitado, com uma sequela importante”, informa Pontes Neto. Associada ao contexto de “doenças neuroinflamatórias e neuroimunológicas”, a mielite transversa pode, ainda que eventualmente, ser uma complicação de quadros infecciosos virais e bacterianos, conta o professor, citando casos recentes associados à covid-19. 

Informa também que, “mais raramente, a mielite transversa pode ser uma complicação de vacinas”. Esse fato, segundo Pontes Neto, justifica a importância do processo de produção de vacinas ser adequado e rigoroso. Para o professor, é importante que a população seja tranquilizada, uma vez que “essas complicações de vacinas são eventos muito raros”. 

Ouça no link acima a íntegra da coluna Minuto do Cérebro.


O minuto do Cérebro
A coluna O minuto do Cérebro, com o professor Octávio Pontes Neto, vai ao ar quinzenalmente,  terça-feira às 8h30, na Rádio USP (São Paulo 93,7; Ribeirão Preto 107,9) e também no Youtube, com produção da Rádio USP,  Jornal da USP e TV USP.

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