Matemáticos da América Latina e Caribe se reúnem para impulsionar o avanço científico da disciplina

Ao abordar a primeira fase da Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas de 2023, Paolo Piccione destaca o papel da Universidade de São Paulo (USP) nessa área

 01/06/2023 - Publicado há 10 meses
No País são tomadas diversas medidas, como organização de atividades para jovens matemáticos, atuação no campo tanto da pesquisa quanto da educação – Foto: Pixabay CC

A primeira fase da Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas de 2023 ocorreu dia 30 de maio. Ela é uma das iniciativas de incentivo à matemática que conta com a ajuda da Sociedade Brasileira de Matemática (SBM). Dentro desse tema, diversas reuniões com lideranças matemáticas das Américas foram feitas a respeito da formação de um grupo de cooperação que conta com países da América Latina e Caribe. “A ideia é criar um grupo colaborativo que tenha como responsabilidade promover iniciativas conjuntas no âmbito tanto da pesquisa como da educação matemática. Isso colabora para fortalecer os laços entre a região”, diz o professor Paolo Piccione, do Instituto de Matemática e Estatística da USP e presidente da SBM. 

São diversas propostas, como a criação de projetos concretos, premiações para profissionais seniores e para jovens. “O foco é impulsionar o avanço científico, educacional, de uma forma colaborativa dentro dos países da América Latina, valorizando os nossos talentos e estimulando o crescimento da matemática no continente”, acrescenta o professor.

Contexto

Paolo Piccione – Foto: Edgar Fabricio – CCS/UFSCar

“Uma consideração geral, que para nós já é óbvia há muito tempo, é o Brasil especificamente, mas a América Latina, em geral, ser um berço de talento. Isso para várias coisas, mas sobretudo na matemática”, ressalta Piccione. Já no País são tomadas diversas medidas, como organização de atividades para jovens matemáticos, atuação no campo tanto da pesquisa quanto da educação.

O presidente da SBM destaca o papel da Universidade de São Paulo no ramo matemático: “A USP em particular tem um papel fundamental. Eu quero lembrar que o primeiro presidente da SBM foi o professor Chaim Samuel Hönig, do Instituto de Matemática da USP. Ainda hoje, a USP participa de várias atividades como o programa de mestrado profissional e também é responsável pela produção de uma das principais revistas, que é a Revista do Professor de Matemática. Ela tem um corpo docente altamente qualificado, boa infraestrutura e contribui para um desenvolvimento de qualidade, que impacta diretamente tanto a pesquisa como a educação”.

Estímulo

“Nosso trabalho é importante para incentivar talentos, dar visibilidade à área, reconhecer e recompensar aqueles que se destacam pelas suas contribuições. Como sociedade, como Universidade de São Paulo, a gente tenta contribuir para uma cultura de excelência”, explica Piccione.

Estimular a produção científica de alto nível, bem como uma competição saudável e o mérito acadêmico, é muito importante. Com a reunião realizada entre os países, já foram planejados diversos eventos: “De imediato, serão criados três prêmios anuais: dois deles para jovens e um para seniores. Os primeiros prêmios serão dados durante o primeiro evento organizado pelo grupo em janeiro de 2024. Além disso, está sendo programado um outro encontro para julho de 2025, com a participação novamente de matemáticos latino-americanos. Então, essas são só as primeiras iniciativas concretas que estão sendo realizadas”.


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