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Na coluna Saúde e Meio Ambiente desta semana, Paulo Saldiva discute o quanto pode ser imprudente liberar o uso de máscaras mesmo em países com população amplamente vacinada. Segundo o colunista, ainda há incertezas quanto à efetividade dos imunizantes contra as novas variantes do coronavírus e as pessoas, mesmo vacinadas, podem transmitir o vírus.

Atualmente, em países como os Estados Unidos e Israel, há certa liberação do uso de máscaras e autorização para pequenas aglomerações, desde que se esteja completamente vacinado com a primeira e a segunda dose. A possibilidade surgiu porque a população daqueles países detém altas taxas de vacinação. Conforme Saldiva, ainda não há resposta certa sobre o quão correta é essa autorização, porque é incerta a efetividade dos imunizantes contra as novas variantes do vírus. O sensato seria manter o uso dos equipamentos de proteção mesmo para aqueles já protegidos, afinal, as vacinas impedem quadros graves da doença, mas a contaminação continua sendo possível, assim como a transmissão para outras pessoas.

“O indivíduo vacinado pode não ter doença clínica, felizmente, isso é o que acontece. Se reduz muito o risco de ter uma doença sintomática, mas isso não impede que tenha o vírus dentro de si e faça uma infecção sem sintoma e, mesmo que a vacina proteja da forma grave, não impede que transmita a outra pessoa inadvertidamente”, compartilha o médico. Para Saldiva, até que haja mais certezas sobre a ação do vírus e das vacinas, é essencial manter as medidas de prevenção. “Até que tenhamos mais certezas do que incertezas, seria importante que mantivéssemos a proteção individual, mesmo que vacinados, mesmo que já tenhamos contraído a doença. Quanto mais fizermos isso, mais rapidamente voltará a nossa vida ao que era normal”, afirma.

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