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A Bienal de Arquitetura de Veneza concedeu à arquiteta Lina Bo Bardi o Leão de Ouro Especial, prêmio póstumo, que é também o principal prêmio da principal exposição de arquitetura do mundo. Neste ano, o evento teve como tema o slogan Como Viveremos Juntos. A explicação oficial para a concessão desse prêmio é a de que a obra de Lina é a que melhor no mundo encarna o ideal proposto pelo tema.

Guilherme Wisnik define a artista como alguém capaz de fazer uma arquitetura “com viés antropológico, isto é, uma arquitetura capaz de olhar muito para o outro, para a alteridade, ao invés de uma orientação mais narcisista”. Na sequência, e a partir da premissa de que Lina construiu a modernidade a partir das culturas populares, o colunista cita várias obras marcantes dessa italiana radicada no Brasil, como o edifício do Sesc Pompeia, o Teatro Oficina e até o próprio Masp, com seu vão-livre.

Diz Wisnik que, sendo premiada em Veneza, “ela ganha um reconhecimento internacional que há muito tempo estava sendo devido a essa arquiteta, que desperta cada vez mais interesse, como se fora do Brasil, agora, as pessoas fossem se dando conta dessa grande riqueza, desse patrimônio arquitetônico que estava aqui há tanto tempo despercebido”.

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