Lâmpada elétrica está presente no nosso cotidiano há 145 anos

Fernando de Lima Caneppele conta mais sobre a história desse objeto e como ele impacta o dia a dia

 28/05/2024 - Publicado há 6 meses
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A lâmpada é uma invenção que está presente há um bom tempo na realidade da maioria das pessoas – Foto: Pixabay
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Numa rua escura, perdido na floresta à noite ou apenas querendo encontrar alguma coisa na hora de dormir: em todos esses casos, uma lâmpada cairia muito bem. Mesmo sendo parte do cotidiano, pouca gente lembra dela. “Foi em 1879 que o inventor norte-americano Thomas Edison criou a primeira lâmpada incandescente viável comercialmente que tornou-se popular“, diz Fernando de Lima Caneppele, professor da Faculdade de Zootecnia e Engenharia da USP.

Fernando Lima Caneppele – Foto: Arquivo Pessoal

Thomas ou não Thomas?

Por mais que Thomas Edison seja o nome mais famoso quando se pensa na invenção da lâmpada, “não foi exatamente ele quem inventou a lâmpada elétrica”, comenta Caneppele.

O professor explica que as primeiras formas de produzir luz por meio da eletricidade foram as lâmpadas a “arco elétrico”. O relato mais antigo de um experimento de iluminação elétrica foi em 1809, quando o químico inglês Humphry Davy criou um arco luminoso a partir de uma tira de carbono e uma bateria, e nessa época Edison nem era nascido. 

Ela nasceu, viveu e não morreu!

A lâmpada, sem dúvida, é uma invenção que está presente há um bom tempo na realidade da maioria das pessoas. Segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 99,8% da população brasileira tem acesso à energia elétrica hoje em dia.

Nessas várias décadas, ela passou por diversas mudanças, mas nunca desapareceu. “A princípio, a incandescência da lâmpada de Edison era obtida através do carvão, que foi substituído pelo tungstênio”, conta o professor. Outra tecnologia alternativa foi a lâmpada fluorescente feita com gás argônio e mercúrio, criada por Nikola Tesla. Criou-se também as de diodo emissor de luz, conhecidas como LED, na década de 60. 

“O LED é consideravelmente mais eficiente e flexível, sendo de fácil controle de luminosidade e cores. Hoje é possível comprar uma lâmpada smart LED e controlar a lâmpada, via wi-fi, pelo celular ou assistentes de automação doméstica”, destaca Caneppele.

A lâmpada de vapor de sódio e similares, como a lâmpada de vapor mista, é mais econômica que a incandescente, mas devido ao custo e necessidade de reator é mais viável para aplicações de maiores potências, como a iluminação de praças públicas, vias públicas e ambientes externos em geral.


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