Brasil precisa converter criatividade em inovação e competitividade

Multinacional BRF junta-se a incubadora da USP para desenvolver soluções sobre desperdício e segurança de alimentos

 12/11/2019 - Publicado há 4 anos
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Colaboração entre universidades e empresas em prol da inovação tecnológica é um traço comum entre as regiões que se desenvolvem, segundo Daniel Pimentel, diretor da Emerge Labs, incubadora que nasceu na USP. Ex-aluno e mestre em Ciências pela Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH) da USP, ele elenca três desafios que deram origem  à empresa: atrair pesquisadores, gerar valor aos seus projetos e levá-los além da bancada.

Agora, a gigante do ramo alimentício BRF, em parceria com a Emerge Labs, fomenta o desenvolvimento de tecnologias em segurança alimentar e diminuição de desperdício em um novo programa. Pimentel salienta que pesquisadores, da graduação aos docentes, não só da Engenharia de Alimentos e da Farmácia, têm espaço, chamando também aqueles que trabalham com embalagem, logística, biotecnologia, inteligência artificial, entre outras áreas. “Especialmente da USP, a universidade mais empreendedora do País”, diz ao Jornal da USP no Ar, citando ranking recente.

Até 6 de dezembro, serão selecionados 16 grupos para o Emerge Labs BRF. Entre janeiro e março, receberão treinamentos, na intenção de aprimorarem suas tecnologias. Todos os selecionados terão a possibilidade de fazer parceria com a multinacional nas mais diversas formas que a ciência permite, de acordo com o diretor da incubadora.

Pimentel levanta dois exemplos de sucesso que saíram da Emerge Labs. A Bright Photomedicine nasceu das pesquisas de Marcelo Souza em fotobioestimulação. Assim, a empresa oferece tratamento para dores usando luz, não mais fármacos. Ricardo Lázaro, ex-aluno de medicina e farmácia na USP, a partir de seus estudos em genética, criou o laboratório Genera, comprado pela holding de saúde Dasa, em seguida.

Grandes empresas têm o interesse de aprofundar tecnologias em seu processo industrial. Em vista disso, o diretor exalta a parceria com a BRF como uma chance à Universidade. “Ajuda a entender as grandes demandas na transformação da escala laboratorial àquela da indústria”, declara.

Ouça a entrevista na íntegra no player acima.


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