Metade das mulheres terá infecção urinária no decorrer da vida

Jorge Haddad, chefe do setor de uroginecologia do Hospital das Clínicas, explica que o problema é mais comum nas mulheres do que nos homens

 25/11/2019 - Publicado há 4 anos
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A infecção urinária pode ocorrer na bexiga, na uretra ou até mesmo nos rins, podendo ser definida como aguda, crônica ou de repetição. A última é caracterizada por quadros rotineiros de infecção, acometendo a pessoa, no mínimo, duas vezes por semestre ou três vezes ao ano. Jorge Haddad, ginecologista e chefe do setor de uroginecologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, explica que o problema acontece principalmente em mulheres. “Cinquenta por cento das mulheres terão pelo menos um episódio de infecção urinária na vida e, dessas mulheres, 25% terão infecção urinária de repetição”, explicou ele ao Jornal da USP no Ar.

O motivo do problema acometer mais mulheres do que homens está relacionado a fatores anatômicos. Mulheres possuem a uretra mais curta e também têm a vagina mais próxima da região do ânus. Além disso, corrimentos, secreções ou a própria atividade sexual podem favorecer a atividade de bactérias vaginais que podem impulsionar o problema.

Na maior parte dos casos, não há grandes complicações, no entanto, algumas situações podem levar a infecção nos rins, além de  cálculos nesses órgãos, ou na bexiga. De qualquer forma, o problema compromete a qualidade de vida da mulher, a qual pode apresentar dores intensas e fuga da atividade sexual em decorrência do caso.

Como método de prevenção, as mulheres devem observar se estão urinando corretamente, a cada 3h aproximadamente, se estão com corrimento fora do padrão e também após menopausa, período em que é importante realizar reposição hormonal para se proteger da infecção. Além disso, é necessário realizar exames de urina com urocultura e antibiograma, para assim identificar o antibiótico ideal para a situação.

Os antibióticos são uma solução quando utilizados de forma correta, ou seja, com prescrição médica e em doses controladas. Caso contrário, causa resistência bacteriana, o que inibe o efeito e retarda o tratamento.

Ouça a entrevista completa no player acima.


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