A situação econômica dos jornais nesta época de pandemia vem se agravando e os veículos buscam novas alternativas de financiamento. Em uma coluna passada, o professor Carlos Eduardo Lins da Silva falou sobre governos que colocam dinheiro em veículos de comunicação, mas outros modelos também merecem destaque, como, por exemplo, o fundo de endowment.
Como explica o colunista, é importante reconhecer que a fórmula de financiamento utilizada durante o século 20, baseada em anúncios e assinaturas, não mais se sustenta quando se trata de jornais pequenos e médios: “Essa é uma fórmula que, se conseguir dar certo, só dará certo com grandes empresas, como é o caso do The New York Times, ou empresas bancadas por grandes fortunas, como é o caso do The Washington Post, que virou uma espécie de hobby de um dos homens mais ricos do mundo, que é o Jeff Bezos”.
Como alternativa, veículos importantes têm usado o fundo de endowment, formado por recursos advindos de doações de pessoas físicas ou pessoas jurídicas, como explica o colunista: “[Essa fórmula] tem sido usada por alguns veículos importantes, como, por exemplo, o The Guardian e, agora, o Libération, o jornal fundado em 1974 pelo Jean-Paul Sartre, que é a fórmula de um fundo de endowment que sustenta as operações do jornal com base nas aplicações baseadas no rendimento deste fundo”.
Ouça no link acima a íntegra da coluna Horizontes do Jornalismo.
Horizontes do Jornalismo
A coluna Horizontes do Jornalismo, com o professor Carlos Eduardo Lins da Silva, vai ao ar quinzenalmente, segunda-feira às 8h30, na Rádio USP (São Paulo 93,7; Ribeirão Preto 107,9) e também no Youtube, com produção da Rádio USP, Jornal da USP e TV USP.
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