Evolução da cirurgia de tórax amplia tratamento para diferentes pacientes

Paulo Pêgo-Fernandes fala sobre os diferentes tipos de intervenção cirúrgica no tórax e comenta sobre o lançamento do Atlas Multimídia de Cirurgia Torácica

 29/05/2023 - Publicado há 11 meses

Texto: Redação
Arte: Carolina Borin Garcia

Por ano, são feitas mais de mil cirurgias torácicas no Brasil – Foto: André Boro, HRAC-USP (2019)

Um grupo de especialistas do Instituto do Coração e Hospital das Clínicas lançou o Atlas Multimídia de Cirurgia Torácica, uma publicação que reúne informações e experiências acumuladas em mais de sete décadas de atuação neste que é o maior complexo hospitalar da América Latina.

O professor Paulo Pêgo-Fernandes, chefe da divisão de Cirurgia Torácica do Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP e editor do Atlas, expõe o conteúdo do livro: “São mais de 200 vídeos e áudios com conteúdo, além de ter um atlas de técnica cirúrgica bem detalhado ponto a ponto. Mas acho que o grande diferencial disso é que, além dos desenhos e dos esquemas, nós temos QRcodes que são vídeos interativos. Você tem um vídeo e alguém experiente vai fazendo a cirurgia passo a passo e dá dicas, eu não conheço nenhum livro nem em nível internacional da especialidade de cirurgia de tórax que tenha isso”.

O Atlas tem como público-alvo cirurgiões torácicos, desde os recém-formados, os que ainda estão em período de residência, até aqueles que se formaram há muito tempo e buscam conhecer novas técnicas de cirurgia. 

Livro "Atlas Multimídia de Cirurgia Torácica" - Foto: Divulgação
Livro "Atlas Multimídia de Cirurgia Torácica" - Foto: Divulgação

Evolução da cirurgia de tórax

Por ano, são feitas mais de mil cirurgias desse tipo. O especialista comenta sobre os diversos métodos a que a cirurgia recorre, métodos esses que são contemplados no Atlas: “Se a gente for pegar do ponto de vista histórico, ela [cirurgia de tórax] começa praticamente no século 20 e, no início do século, se tratava muito tuberculose, sequelas da tuberculose. Naquele período não havia tratamento medicamentoso, remédios para tuberculose, e boa parte das grandes complicações precisava de cirurgia de tórax. Isso foi mudando, na década de 1980 apareceu a videocirurgia, videolaparoscopia, a videotórax e isso foi uma enorme mudança, foi talvez a segunda grande revolução da cirurgia de tórax e a terceira que a gente tem passado agora é o uso de robô”. Os robôs têm ganho espaço especialmente em tratamento de tumores, segundo o professor. 

Paulo Pêgo-Fernandes - Foto: Arquivo Pessoal

Necessidades do paciente

Diante de tantas opções de cirurgia, é essencial conhecer esses métodos e saber quais aplicar em diferentes pacientes, com suas diferentes necessidades: “O que você tem que fazer do ponto de vista da medicina na cirurgia de tórax e nas outras áreas é saber o que é melhor para aquele caso especificamente, para aquele paciente especificamente. Você, tendo acesso a todas as modalidades, consegue escolher adequadamente para aquele paciente”,  e ressalta que um tratamento não substitui o outro, mas as indicações podem variar.  


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