Estudo avalia necessidade de trombolíticos antes do tratamento endovascular do AVC

O colunista compara o que esse novo estudo clínico apresenta de novidade em relação às técnicas já existentes para o tratamento da isquemia cerebral

 12/05/2020 - Publicado há 4 anos     Atualizado: 13/05/2020 as 19:01

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Nesta edição da coluna Minuto do Cérebro, o professor Octávio Pontes Neto conta que as doenças vasculares cerebrais são a segunda maior causa de mortes no mundo. E o Acidente Vascular Cerebral isquêmico (AVC isquêmico), quando uma das artérias que levam sangue ao cérebro é entupida, corresponde a 80% dos casos, sendo que, desses, cerca de um terço corresponde à obstrução no início das grandes artérias do polígono de Willis (artérias que irrigam o cérebro).

Adianta Pontes Neto que o tratamento atual para a isquemia cerebral consiste no uso de um medicamento trombolítico, responsável por dissolver os coágulos sanguíneos, aliado a um procedimento pouco invasivo que retira o coágulo da artéria, chamado de trombectomia mecânica.

Porém, a revista New England Journal of Medicine divulgou nesta semana os resultados do estudo chinês Direct MT, que comparou o procedimento padrão (que alia medicação e trombectomia) com outro que usa apenas a trombectomia mecânica. Os resultados revelaram que os dois tipos apresentaram equivalente capacidade de tratamento.

O professor Pontes Neto, porém, destaca que o grupo que recebeu a medicação apresentou maior taxa de pacientes que tiveram o quadro revertido precocemente do que aquele que dispensou o procedimento cirúrgico. Pontes Neto informa ainda que as condições de tratamento oferecidas durante o estudo podem não ser a realidade dos atendimentos e que a utilização de uma outra droga trombolítica, a tenecteplase, vem obtendo melhor desempenho que a alteplase, utilizada no estudo chinês.

Ouça no link acima a íntegra da coluna Minuto do Cérebro.


O minuto do Cérebro
A coluna O minuto do Cérebro, com o professor Octávio Pontes Neto, vai ao ar quinzenalmente,  terça-feira às 8h30, na Rádio USP (São Paulo 93,7; Ribeirão Preto 107,9) e também no Youtube, com produção da Rádio USP,  Jornal da USP e TV USP.

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