Especialista dá dicas de como proceder com medicamentos em viagens internacionais

Karen Mirna Loro Morejón recomenda, por exemplo, que, no caso de remédios de uso contínuo, seja levada a quantidade necessária para os dias que se vai passar fora do país de origem

 20/01/2023 - Publicado há 1 ano
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A receita médica usada no Brasil não serve para outros países, mas é sempre bom levar essa prescrição do seu médico em caso de inspeção nos aeroportos – Fotomontagem com imagens de Freepik e Rawpixel

Resolveu viajar para o exterior e, na hora de arrumar as malas, surge a dúvida: posso levar remédios na bolsa de mão, dentro do avião? Fique tranquilo, vamos esclarecer esta e outras dúvidas e orientar como proceder. Sim, você pode levar os remédios da chamada “farmacinha”, aqueles que procuramos na hora do sufoco para tratar de dores, febres, alergias, enjoos… 

A infectologista Karen Mirna Loro Morejón, do setor de Medicina dos Viajantes e Imunizações do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (HC-FMRP) da USP, explica que, quando o remédio for na  forma líquida ou em spray, o transporte fica um pouco mais restrito, mesmo assim é possível levar na bagagem de mão até 100 ml, em embalagem lacrada, transparente. 

Karen Mirna Loro Morejón – Foto: Reprodução

Para quem toma remédio de uso contínuo, a recomendação é levar medicação suficiente para o período em que for permanecer fora do País. A apresentação dos remédios muda de país a país, assim como a composição deles, que aqui no Brasil são aprovados pela Anvisa. Por isso, a recomendação é levar na embalagem original. 

Receita médica

A receita médica usada aqui no Brasil não serve para outros países, mas é sempre bom levar a prescrição do seu médico em caso de inspeção nos aeroportos.

Ter a nota fiscal da compra também é recomendável. Caso o seu destino seja o Hemisfério Norte, fique atento porque é proibido o uso da dipirona – analgésico e antitérmico – , bastante usada por aqui. Além disso, alguns países exigem prescrição médica para a compra de anti-inflamatórios, que têm venda liberada dentro do Brasil. 

As pessoas diabéticas, que usam insulina, precisam se certificar de que existe serviço de câmara fria, em casos de medicamentos que precisem ficar armazenados em baixas temperaturas. Até lá, a dica é acondicionar esse remédio em um recipiente térmico. Caso seja necessário levar itens como agulhas, seringas e broncodilatadores – as famosas bombinhas de asma -, faz-se necessário apresentar a prescrição médica, para evitar problemas e também a quantidade suficiente para o período de viagem. A entrada de remédios ou de produtos ilegais fica sujeita às leis do país de destino, por isso se informe com a embaixada ou consulado, para não ter surpresas na viagem. 

 Os remédios para crianças e dependentes também devem ser lembrados. E na sua “farmacinha” não esqueça de colocar curativos, antisséptico, algodão e termômetro. O planejamento correto, aliado às documentações recomendadas, garante uma viagem tranquila e segura. 

Dúvidas esclarecidas, agora é hora de fechar a mala e boa viagem! 


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