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O professor José Eli da Veiga destaca como “muito importante” o encontro on-line promovido pelo Instituto de Estudos Avançados (IEA) da USP, que acontecerá na próxima terça-feira (5), a partir das 15 horas. Afinal, já está próxima a 26ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, a COP26, que acontecerá em novembro, em Glasgow, na Escócia. E, segundo o colunista, é comum surgirem estudos de climatologia para explicar os relatórios produzidos pelo Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC). “O papel dos climatologistas é trocar em miúdos esses documentos”, diz o colunista.

Eli da Veiga também chama atenção para uma publicação da revista Nature (v. 591), em que dois pesquisadores belgas da Bruegel – think tank (laboratório de ideias europeu especializado em economia) – propõem um acordo entre Estados Unidos, União Europeia e China para começarem uma taxação do carbono embutido nas suas importações. “Eles induziriam outros países e seriam catalisadores de uma ação mais ampla”, avalia Eli da Veiga, ressaltando que os economistas, quando fazem esses modelos, raramente pensam no que dizem os seus colegas da ciência política. Essa proposta, por exemplo, foi totalmente inviabilizada agora, com a chamada operação Aukus, uma aliança militar tripartida formada pela Austrália, os EUA e o Reino Unido, que visa a combater o expansionismo chinês no Indo-Pacífico. “Este é só um exemplo para chamar atenção da importância dos cientistas políticos.” No artigo Realismo sobre o aquecimento global, veiculado no jornal Valor Econômico do último dia 24, o colunista traz detalhes sobre o tema.

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