Nesta semana, na coluna Ética e Política, Renato Janine Ribeiro discute um tema que esteve em evidência nos últimos dias: de um lado, os que defendem que a economia não pode ser sacrificada em nome da quarentena. Do outro, os que dizem que as vidas humanas devem ser priorizadas e a quarentena, respeitada.
Para o colunista, a economia é absolutamente fundamental para que se produzam alimentos, para que as pessoas possam viver, se locomover. Não há sociedade que funcione sem ela. Porém, a economia é um meio para um fim, que é a vida. Mas a pandemia de coronavírus coloca em risco a vida de muitas pessoas devido à rapidez de transmissão da doença, fazendo que não haja tempo nem espaço para atender a todas as pessoas afetadas. E a quarentena é a forma de evitar a transmissão do vírus. Janine cita o exemplo de Portugal, onde há um número muito baixo de mortos, ao contrário do que ocorre na vizinha Espanha, onde o número de mortos só cresce.
“O fato é que nós estamos diante de uma crise séria e a prioridade, neste caso, é a vida. É claro que, se nós pararmos tudo, depois de um tempo, a economia vai cobrar seu preço e poderá faltar comida, etc. Mas, neste momento, a prioridade absoluta é a vida”, diz o colunista. Mas ele ressalta que é preciso garantir que as pessoas que lidam com a saúde, alimentação etc., tenham condições de qualidade de vida.
O colunista lembra, ainda, que o Brasil é uma federação. Isto quer dizer que os Estados têm um papel muito importante, bem como os municípios e, praticamente todos, sem diferenciação política, aderiram à política de proteção da vida. O problema, segundo Janine, é que o presidente da República não tem feito sua parte, apesar de o ministro da Saúde ter se dedicado a isso.
Ouça, no link acima, a íntegra da coluna Ética e Política.
Ética e Política
A coluna Ética e Política, com o professor Renato Janine Ribeiro, vai ao ar quinzenalmente, quarta-feira às 8h, na Rádio USP (São Paulo 93,7; Ribeirão Preto 107,9) e também no Youtube, com produção da Rádio USP, Jornal da USP e TV USP.
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