Um clássico de qualquer crescimento exponencial, a mineração de bitcoin saltou de aplicativos de mineração pelo celular para processos cada vez mais caros que demandam muita energia. Na coluna Datacracia de hoje (11), Luli Radfahrer trata da problemática trazida pela popularização da bitcoin (criptomoeda), que, para impedir a falsificação do sistema de criptografia, precisa de uma rede de supercomputadores. “Isso consome aproximadamente 110 terawatt-hora por ano, o que é mais ou menos meio por cento do total mundial, o equivalente a um país inteiro, como a Suécia. Não é pouca coisa, não”, afirma Radfahrer.
Uma parte importante da energia que é gasta em bitcoin é usada para resfriar as máquinas, então as mais criativas formas de resfriamento estão sendo aplicadas. “Por exemplo, uma ilha na Islândia tem um minerador de bitcoin porque está dentro de uma geleira, e por isso gasta menos com o resfriamento da máquina. Mas isso é uma gambiarra”, afirma o professor, reiterando que o ideal “é a gente ter cada vez mais tecnologia que tenha menor impacto ambiental, sistemas descentralizados e outras formas de mineração ou de formação de criptografia que não usem máquinas tão pesadas. Mas isso ainda é um desafio.”
Datacracia
A coluna Datacracia, com o professor Luli Radfahrer, vai ao ar quinzenalmente, sexta-feira às 8h, na Rádio USP (São Paulo 93,7 ; Ribeirão Preto 107,9 ) e também no Youtube, com produção da Rádio USP Jornal da USP e TV USP.
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