Luli Radfahrer fala em sua coluna de hoje (19) sobre identidade digital, uma função que, cada vez mais, o celular tem se prestado a cumprir, embora não se possa obrigar um indivíduo a carregar no bolso um aparelho que não é só frágil e caro, mas que também precisa estar o tempo todo carregado. De todo modo, argumenta o colunista, um documento de identidade digital é algo de que se precisa, desde que possa substituir todos os demais. “A maior vantagem de um sistema desses ia ser uma identificação melhor e mais abrangente…[…] você tem um único código, mas que dá informações diferentes.”
Radfahrer especula a seguir sobre o formato que esse documento teria, e que seria basicamente um QR Code, que pode tanto ser transportado no celular quanto impresso, copiado ou enviado na forma de uma fotografia, “e é extremamente portátil”. Outra vantagem é a de que exclui a possibilidade de preservar o original, “coisa que já não faz mais sentido no mundo digital”.
O colunista diz ainda que a parte do usuário é a mais fácil, o grande problema estando no outro lado do balcão: “A gente precisa unificar e modernizar as bases de dados, senão a situação só piora. Você vai ter mais e mais documentos digitais. Sem contar aqueles clássicos problemas de segurança, privacidade e vigilância do Estado, que também precisam não só ser bem resolvidos como também esclarecidos”. O colunista afirma que esse tipo de documento cada vez vai ser mais comum no mundo todo.
Datacracia
A coluna Datacracia, com o professor Luli Radfahrer, vai ao ar quinzenalmente, sexta-feira às 8h, na Rádio USP (São Paulo 93,7 ; Ribeirão Preto 107,9 ) e também no Youtube, com produção da Rádio USP Jornal da USP e TV USP.
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