
O déficit da balança comercial do Estado de São Paulo caiu de US$ 37 bilhões em 2013 para US$ 722 milhões em 2023. O levantamento foi conduzido pela Fundação Seade e identificou, além do saldo positivo, as causas para a diminuição.
Aumento das exportações
Nesses dez anos, as exportações de São Paulo aumentaram em 34,7%, segundo a fundação. O principal setor produtivo responsável pelas exportações é a indústria de transformação, que representou 86,5% dos produtos vendidos para fora em 2023. Contudo, esse valor é visto com certa apreensão pelos economistas, visto que, em 2013, o valor correspondia a 95,6% dos embarques.
O continente que mais exportou para São Paulo durante o período observado foi a Ásia, que comprou principalmente commodities: soja, óleo bruto de petróleo, carnes e açúcares. Apenas a China foi responsável por 25,8% dos embarques paulistas no período e as exportações do Estado de São Paulo corresponderam a 21% do total brasileiro.
Diminuição das importações
A queda das importações no Estado também contribuiu para os bons resultados da balança: entre 2013 e 2023, as importações paulistas caíram 20,1%, o que pode indicar um crescimento na autonomia econômica do Estado. A principal origem dos produtos importados é novamente a Ásia, que correspondeu a 37,1% do total.
Entre os produtos que chegam se destacam bens manufaturados e equipamentos de maior conteúdo tecnológico e valor agregado: aparelhos elétricos para telefonia e de telecomunicação digital, circuitos integrados e microconjuntos eletrônicos, motores, peças e acessórios para automóveis. Outra gama importante das importações paulistas é representada pelos insumos químicos e defensivos agrícolas.
O levantamento da Fundação Seade concluiu, enfim, que caso a indústria paulista não se aprimore e passe a produzir e exportar produtos de maior valor agregado e volume tecnológico o Estado pode enfrentar sérias dificuldades em se inserir competitivamente no mercado mundial.
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