Em sua coluna Datacracia, o professor Luli Radfahrer explica que os computadores quânticos são um protótipo de tecnologia com novos componentes de tamanho nanoscópico. Os componentes dos computadores convencionais são uma espécie de interruptor que codifica a energia para seu funcionamento eletrônico.
“Um chip hoje tem 14 nanômetros, ou seja, é 15 mil vezes menor do que um grão de poeira”, diz Radfahrer. Segundo o professor, os componentes tradicionais são cada vez menores e estão próximos do tamanho limite. Quando ele é ultrapassado, o comportamento dos elétrons se torna imprevisível e dificulta o funcionamento da máquina. A computação quântica será uma maneira de superar esse limite.
“A principal vantagem do computador quântico é que ele pode fazer várias operações simultâneas”, explica. O poder desses computadores cresce exponencialmente e sua capacidade de processamento é muito melhor do que a das máquinas convencionais.
Radfahrer afirma que os computadores quânticos não substituirão os comuns, já que algumas condições específicas são necessárias para seu funcionamento. Eles contribuirão com funções como a simulação biológica, a previsão do tempo e o desenvolvimento da ciência.
Datacracia
A coluna Datacracia, com o professor Luli Radfahrer, vai ao ar quinzenalmente, sexta-feira às 8h, na Rádio USP (São Paulo 93,7 ; Ribeirão Preto 107,9 ) e também no Youtube, com produção da Rádio USP Jornal da USP e TV USP.
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