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Segundo um estudo publicado na Nature, as emissões de carbono caíram 17% na primeira semana de abril, quando as regiões responsáveis por 89% das emissões globais de carbono estavam sob algum tipo de distanciamento social. Para o Brasil, a queda estimada pelo estudo, até a primeira semana de abril, chega a 25%. Na coluna desta semana, o professor Luli Radfahrer comenta sobre os créditos pessoais de carbono. Segundo o colunista, “a ideia é marcar, através das tecnologias que já existem (seja o seu uso de cartão de crédito, seja o seu uso de smartphones), as emissões de carbono de cada pessoa para bonificar ou tributar de acordo”. O comércio de carbono visa a reduzir as emissões de gases poluentes decorrentes da mobilidade. A ideia já está em teste na cidade de Lahti, na Finlândia.

A respeito do aumento da vigilância que esse projeto poderia trazer, o colunista comenta que, a princípio, não teria aumento, “porque ele só ia usar dados que já são coletados hoje em dia para fins muito menos nobres. Então, na verdade, é para ter um fim muito mais nobre que é você conseguir limpar o planeta, você acaba cedendo o uso desses dados e esses dados, se forem bem empacotados, como estão sendo alguns dos programas de combate à covid-19, podem ser muito eficientes”.

Radfahrer compartilha ainda que a ideia pode servir como um incentivo para o cidadão comum viver de forma mais sustentável, além de trazer maior fiscalização para empresas: “Hoje em dia, é muito fácil um sujeito mudar para um lugar que não tem muita fiscalização ou que a fiscalização é mais ou menos caótica. A partir do instante em que todas as transações e todos os sistemas eletrônicos estão sendo monitorados, fica muito mais difícil sonegar e fica muito mais difícil poluir”.

Para saber mais, ouça no player acima a íntegra da coluna Datacracia.

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