Fraude eleitoral nas eleições: uma atitude antiética e antidemocrática

Nesta coluna, Renato Janine Ribeiro comenta as denúncias de compra de voto e de ameaças de empregadores a seus funcionários caso certos candidatos sejam eleitos

 12/10/2022 - Publicado há 1 ano     Atualizado: 13/10/2022 as 8:45
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Renato Janine Ribeiro comenta as denúncias relacionadas à compra de voto e de ameaças que empregadores têm feito a seus funcionários caso determinados candidatos vençam as eleições.

O professor lembra que, durante muito tempo, a fraude eleitoral esteve presente nas eleições brasileiras, e que o combate a isso se deu, principalmente, ao longo do século 20. Nem sempre o voto foi secreto: ele era declarado pelo eleitor ao mesário. Dessa forma, era fácil adulterar o que havia sido votado. Por isso, foi criado o sufrágio secreto. E, em meados de 1960, foi criada a cédula única de votação e outros mecanismos legais para coibir as fraudes.

As tentativas atuais de fraude nas eleições 2022 já haviam sido vistas em 2018, lembra o professor. Na eleição atual, ou eles ameaçam de demissão caso o candidato por eles escolhido não seja o vencedor ou então oferecem dinheiro para a pessoa votar em quem indicarem. É algo totalmente errado de se fazer, pois você está evitando que as pessoas expressem a sua vontade. É antiético e antidemocrático, diz o colunista.

Para Janine, isso não deve impactar tanto os resultados do segundo turno. Muitos outros fatores podem interferir nos resultados. Na opinião dele, o que mais pode atrapalhar são as ameaças de tumulto ou a retirada de ônibus de bairros mais pobres, para evitar que esse eleitores possam votar, e também as abstenções.


Ética e Política
A coluna Ética e Política, com o professor Renato Janine Ribeiro, vai ao ar quinzenalmente, quarta-feira às 8h, na Rádio USP (São Paulo 93,7; Ribeirão Preto 107,9) e também no Youtube, com produção da Rádio USP,  Jornal da USP e TV USP.

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