Decisão do STF para prisão em segunda instância favorece grupos de interesses

Segundo Luciano Nakabashi, a decisão do STF propicia cenário de impunidade e levanta questionamentos sobre uso das leis

 13/11/2019 - Publicado há 4 anos

Nesta edição, o professor Luciano Nakabashi fala sobre o desfecho das questões acerca da prisão em segunda instância. De acordo com ele, “existem grupos de interesses influenciando os diferentes poderes do País, algo natural, que acontece em qualquer país, mas o grau no Brasil acaba sendo mais alto”. Nakabashi cita, como exemplo, o caso das manifestações de 2013, entre outras, que culminaram no impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff.

Quanto aos desfechos que a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) proporciona, Nakabashi comenta que “os beneficiados são as pessoas que cometem crimes de colarinho branco e de corrupção, envolvendo muitos políticos dos diferentes níveis”. 

Dentre os fatores que levaram a esse resultado e persistem em manter o atual cenário de impunidade, o professor destaca a discrepância entre as classes sociais, sendo que os mais ricos e poderosos possuem vantagens em relação aos mais pobres. “Isso reflete a questão: Para quem funcionam as leis?”, ressaltando cada vez a necessidade de justiça social.

Ouça no link acima a íntegra da coluna Reflexão Econômica.


Reflexão Econômica
A coluna Reflexão Econômica, com o professor Luciano Nakabashi, vai ao ar quinzenalmente,  quarta-feira às 9h, na Rádio USP (São Paulo 93,7; Ribeirão Preto 107,9) e também no Youtube, com produção da Rádio USP, Jornal da USP e TV USP.

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