Auxílio emergencial não tem apenas lado econômico

André Singer analisa o efeito da implementação do auxílio emergencial na popularidade do presidente Jair Bolsonaro

 02/07/2020 - Publicado há 4 anos

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Existe um aspecto “não propriamente econômico” na prorrogação do auxílio emergencial, anunciada pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, na última terça-feira (30), de acordo com André Singer. Em sua coluna Poder e Contrapoder, o professor analisa a mudança na base de apoio do presidente Jair Bolsonaro, causada pela implementação do programa de suporte financeiro.

“Se olharmos para os números de aprovação do governo Bolsonaro de dezembro para cá — antes da pandemia e após a pandemia —, vemos que ele perdeu quantidade significativa de apoio entre camadas intermediárias da sociedade. Enquanto isso, na base, ele ou se manteve, no caso de quem recebe entre dois e cinco salários mínimos, ou cresceu sete pontos porcentuais entre os que recebem até dois salários mínimos.”

Para além do aspecto político, o auxílio é absolutamente necessário — de acordo com Singer —, visto o grau de devastação econômica da pandemia: “Muito brasileiros e brasileiras precisam desse apoio”. O professor ainda relembra que, apesar do efeito positivo do programa na popularidade do presidente, o auxílio inicialmente proposto pelo Executivo era de apenas R$ 200 e foi alavancado à R$ 600 pelo Congresso nacional.

Ouça na íntegra no link acima.


Poder e Contrapoder
A coluna Poder e Contrapoder, com o professor André Singer,  no Youtube, com produção da Rádio USP,  Jornal da USP e TV USP.

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