Aumenta a discussão sobre a regulamentação da publicidade on-line

Carlos Eduardo Lins da Silva ressalta que as plataformas não são produtoras de conteúdo e sim repetidoras e cobram por isso

 25/07/2022 - Publicado há 2 anos

Na coluna de hoje o professor Carlos Eduardo Lins da Silva analisa o crescimento da publicidade on-line que vem garantindo cada vez mais um grande poder para as big techs da comunicação. A discussão sobre a regulamentação cresce como também algum tipo de compensação que elas poderiam oferecer ao jornalismo

Lins da Silva diz que as plataformas das big techs se utilizam do noticiário que o jornalismo produz para vender os seus anúncios e não remunera devidamente quem produz os conteúdos. “As plataformas não são produtoras de conteúdo e sim repetidoras e cobram por isso”, afirma.

Uma engenhosa proposta foi dada pelo Centro de Ohio Americano para o Jornalismo, sugerindo que o jornalismo seja considerado um serviço público, ou seja, quando uma pessoa pagar por uma publicidade que foi comprada em alguma plataforma seja aplicado um imposto sobre o pagamento e o dinheiro gerado por esse imposto seja revertido para pagar o salário de jornalistas em comunidades pequenas, onde o jornalismo tem mais sofrido perdas nos Estados Unidos.

No entanto, embora a ideia seja boa, não adianta muito se manter um jornal local se este jornal será “gerido” pelos algoritmos. A formulação dos algoritmos não é transparente. O lobby dessas empresas é poderosíssimo.


Horizontes do Jornalismo
A coluna Horizontes do Jornalismo, com o professor Carlos Eduardo Lins da Silva, vai ao ar quinzenalmente, segunda-feira às 8h30, na Rádio USP (São Paulo 93,7; Ribeirão Preto 107,9) e também no Youtube, com produção  da Rádio USP,  Jornal da USP e TV USP.

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