Na coluna Corpo e Movimento desta semana, o professor José Carlos Farah comenta a respeito da síndrome do pânico ser muito comum, principalmente em grandes cidades. Segundo especialistas da área, a síndrome do pânico é caracterizada como um tipo de transtorno de ansiedade em que ocorrem crises inesperadas e recorrentes com sensações de medo, descontrole, desespero e medo intenso de que algo ruim aconteça, mesmo que não haja motivo algum para isso ou sinais de perigo iminente. A OMS (Organização Mundial da Saúde) informa que essa síndrome atinge cerca de 4% da população mundial e quem sofre com ela está mais sujeito a desenvolver outros transtornos como a depressão e a ansiedade.
Entre os sintomas da síndrome do pânico estão náuseas, taquicardia, tonturas, dores de estômago e falta de ar, sudorese intensa, entre outras. As crises geralmente acontecem de forma inesperada, dificultando a rotina do dia a dia. As causas exatas da síndrome do pânico são desconhecidas, mas há um consenso de que as situações de estresse intenso possam desencadear o desenvolvimento da síndrome.
Alguns trabalhos mostram que pessoas com síndrome do pânico costumam ter baixíssima tolerância ao exercício e apresentam um baixo condicionamento cardiorrespiratório; esses mesmos trabalhos indicam a prática da atividade física, porque a prática provoca algumas sensações semelhantes às da síndrome do pânico, como a taquicardia, sudorese, mas de forma agradável e que ajuda as pessoas a identificá-las melhor e principalmente a exercer controle sobre elas, somando-se que na prática da atividade física a síntese de hormônios benéficos atua na sensação de bem-estar e relaxamento que podem diminuir as crises, melhorando a qualidade de vida.
Quais tipos de atividade física seriam mais recomendáveis para as pessoas que têm a síndrome? Primeiro deve ser enfatizado o diagnóstico médico e o acompanhamento no tratamento. A atividade física entra como coadjuvante. Qualquer atividade física é recomendável, mas deve-se começar a praticar com intensidade leve a moderada. Se praticada com muita intensidade pode piorar, em alguns casos. Também é importante praticar em companhia de pessoas conhecidas, pois aumenta a segurança de quem pratica e torna a atividade mais segura.
Corpo e Movimento
A coluna Corpo e Movimento, com o professor José Carlos Farah, vai ao ar quinzenalmente terça-feira às 8h30, na Rádio USP (São Paulo 93,7 ; Ribeirão Preto 107,9) e também no Youtube, com produção da Rádio USP, Jornal da USP e TV USP.
.