Apesar do recuo da indústria, São Paulo mantém a liderança no Valor de Transformação Industrial

Levantamento da Fundação Seade analisa o ritmo de industrialização de São Paulo nos últimos 20 anos

 14/08/2024 - Publicado há 5 meses
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Imagem em grande plano mostrando o interior de uma indústria, com seus equipamentos em destaque e cadeias de linha de montagem
O setor automobilístico segue contribuindo muito para o VTI do Estado – Foto: Stefan por Pixabay
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A Fundação Seade divulgou o Mapa da Indústria de São Paulo, estudo que analisa a evolução do setor no Estado por cerca de 20 anos, de 2003 a 2021, bem como a relação da indústria paulista com a produção do resto do setor no País e seu Valor de Transformação Industrial (VTI)

O que é VTI?

Segundo o Seade, o Valor de Transformação Industrial (VTI) é a diferença entre o valor bruto da produção industrial (VBPI) e o custo com as operações industriais (COI). Analisar o VTI das diferentes regiões de São Paulo e comparar com o resto do País permite aos órgãos públicos entender onde a indústria cresce, onde ela recua e formular hipóteses para o movimento do setor.

Apontamentos do mapa

O levantamento mostrou que o movimento foi iniciado há 20 anos, quando os setores industriais de maior densidade tecnológica e integração digital, tais como automotivo, fabricação de equipamentos de informática e produtos eletrônicos e ópticos, de farmoquímicos e farmacêuticos, de máquinas e equipamentos e de produtos químicos, optaram por localizar suas plantas industriais nas regiões administrativas de Campinas e Sorocaba.

O mapa também apontou para a importância da fabricação de produtos alimentícios no Estado. Exceto nas regiões administrativas de Campinas, São José dos Campos, Santos, Registro e da Região Metropolitana de São Paulo, o setor alimentício liderou o VTI em todo o resto do Estado de São Paulo.

Impacto nacional

Outra consideração importante do levantamento foi a de que o Estado de São Paulo manteve a liderança na participação do VTI nacional, alcançada em 2007. Embora na liderança, a participação caiu de 42,5% para 34,8%. 

Entre as explicações para o recuo está a de que São Paulo perdeu participação em setores-chave para a composição do Valor de Transformação Industrial, como fabricação de produtos farmoquímicos e farmacêuticos, máquinas e equipamentos, aparelhos e materiais elétricos, produtos de borracha e material de plásticos e derivados de petróleo e de biocombustíveis.


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