Adeptos da “colapsologia” se equivocam ao usar como base um dos livros de Jean-Pierre Dupuy

José Eli da Veiga analisa a postura dos “colapsólogos”, que acreditam ser fundadores de uma nova disciplina, a “colapsologia”, que vem ganhando adeptos na França

 05/03/2020 - Publicado há 4 anos

Uma das principais conclusões do professor José Eli da Veiga sobre a conversa com Jean-Pierre Dupuy, da Universidade de Stanford (EUA), é que “o encontro foi erudito”. O colunista foi o organizador do evento Conversa com Jean-Pierre Dupuy, que aconteceu na última terça-feira (3), na sala Alfredo Bosi do Instituto de Estudos Avançados da USP. “Mas o principal é que houve uma discussão sobre a ideia, que é relativamente comum, de que estamos caminhando para uma catástrofe”, destaca. Segundo o colunista, muitos que abordam o tema se referem a questões ambientais. “Outros pensam no perigo nuclear e numa série de riscos que estão se acumulando com o desenvolvimento tecnológico”, cita o professor.

Segundo Eli da Veiga, há um grupo de autores, particularmente na França, que se intitula “colapsólogos”. “Eles estão usando como referência uma das obras de Dupuy, O tempo das catástrofes, título com o qual foi publicada aqui no Brasil, mas que, traduzido ao pé da letra, seria Catastrofismo Esclarecido, lembra o professor. “Mas Jean-Pierre Dupuy, que já publicou 44 livros, não quis dizer que o colapso será inevitável”. Para entender a diferença entre esses pensamentos, o colunista recomenda uma visita ao site do IEA e o acesso ao vídeo do encontro que, em breve, estará disponível. O encontro também contou com a presença dos professores Eduardo Viola, da UnB, Ricardo Abramoway, do Instituto de Energia e Ambiente (IEE) da USP, e de Eduardo Matias, que é pesquisador visitante em Stanford (EUA).

Ouça no link acima a íntegra da coluna Sustentáculos.


Sustentáculos
A coluna Sustentáculos, com o professor José Eli da Veiga, vai ao ar quinzenalmente quinta-feira às 8h, na Rádio USP (São Paulo 93,7; Ribeirão Preto 107,9) e também no Youtube, com produção na Rádio USP, Jornal da USP e TV USP.

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