A péssima presença do Brasil em relatório da Anistia Internacional

A letalidade da polícia brasileira e a crise ambiental na Amazônia aparecem como destaque no documento divulgado no final do mês passado

 04/03/2020 - Publicado há 4 anos
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O tema da coluna do professor Pedro Dallari desta semana é o recente relatório da Anistia Internacional – ONG com alcance global – sobre a questão dos Direitos Humanos nas Américas. E o Brasil não aparece nada bem no documento apresentado no dia 27 de fevereiro. “O Brasil aparece muito mal no relatório, com um quadro acentuado de deterioração dos direitos humanos. A Anistia Internacional é um órgão independente e não está vinculado a nenhum país. O relatório apontou o crescimento da letalidade da ação policial brasileira. Só de janeiro a junho de 2019 houve mais de 1.200 pessoas mortas pela polícia no Brasil, um aumento de 165 com relação ao mesmo período em 2018. Um quadro muito ruim no que diz respeito aos direitos humanos e à própria segurança pública”, esclarece Dallari.

Mas a questão da segurança não é o único tópico abordado pelo documento da AI. “O relatório da Anistia Internacional também chama a atenção sobre a crise ambiental na Amazônia, com o aumento muito acentuado do desmatamento e das queimadas, afetando a condição de vida da população da região, em especial os direitos dos povos indígenas, que merecem uma atenção especial no documento”, diz Dallari.

Ouça no player acima a íntegra da coluna Globalização e Cidadania.


Globalização e Cidadania
A coluna Globalização e Cidadania, com o professor Pedro Dallari, vai ao ar quinzenalmente, quarta-feira às 8h, na Rádio USP (São Paulo 93,7; Ribeirão Preto 107,9) e também no Youtube, com produção da Rádio USP,  Jornal da USP e TV USP.

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