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A professora Marisa Midori, que está em Paris, surpreendeu-se com o fechamento de algumas livrarias no Quartier Latin, que é o bairro latino e universitário da capital francesa. A professora já sabia, via imprensa, do fechamento de uma livraria tradicional, a Livraria da PUF (Presses Universitaires de France). No entanto, a própria imprensa francesa, segundo ela, divulgou recentemente notícia dando conta de um crescimento no número de livrarias em Paris, razão pela qual a colunista especula que talvez as livrarias estejam mudando de bairro, ou simplesmente que esteja havendo uma maior diversidade, não apenas de livrarias como também de público, uma vez que “a cultura do impresso tem hoje, em Paris, um lugar central”.

Tanto é assim que a Biblioteca Nacional da França organizou uma exposição cujo título é Imprimir. “O título, por si só, nos faz refletir sobre as intenções que teriam motivado as curadoras Nathalie Coilly e Caroline Vrand a escolher esse verbo. Evidentemente, se trata de uma palavra e, mais do que uma palavra, um gesto relacionado à arte da impressão, e nesse ponto é bom lembrar que o subtítulo da exposição é justamente A Europa de Gutenberg. É, muito provavelmente, uma menção ao Imprima-se, ou Imprimatur, para usar a fórmula da Igreja no gesto de aprovação de um original submetido aos órgãos censores durante o Antigo Regime. E, finalmente, pode se tratar de um grito de socorro: salvemos os livros impressos. Ainda fazemos parte dessa cultura!”

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