Um grande passo para a democracia no começo do século 19 foi dado por um francês, chamado Benjamin Constant, que proferiu um discurso famoso em Paris. O discurso referia-se a uma distinção que ele fez entre a liberdade dos antigos e a liberdade dos modernos. Ele extinguia a liberdade que foi vivida em Atenas, no ápice da democracia, no século quinto antes de Cristo, da Liberdade dos modernos, tal como a liberdade que se experimentava a partir da Revolução Francesa e da Revolução Americana.
A diferença entre a chamada liberdade dos antigos e liberdade dos modernos é que a dos antigos era exercida na praça pública, chamada de Ágora em Atenas. Tudo o que se revelava fundamental para a vida pública era decidido na Ágora, em assembleia diretamente pelos atenienses. Esta é uma semana importante porque nós estamos celebrando a democracia por intermédio de algumas cartas elaboradas por entidades representativas da sociedade civil, entre as quais Faculdade de Direito da USP (FD), que reúnem grande parte da população brasileira e que já manifestaram em experiências anteriores o seu apreço pela democracia.
“Significa que nós precisamos da democracia para garantir as liberdades públicas e as liberdades privadas, mas nós precisamos também melhorar a representação democrática”, avalia Amaral.
Um Olhar sobre o Mundo
A coluna Um Olhar sobre o Mundo, com o professor Alberto Amaral, vai ao ar quinzenalmente, terça-feira às 8h, na Rádio USP (São Paulo 93,7; Ribeirão Preto 107,9 ) e também no Youtube, com produção da Rádio USP, Jornal da USP e TV USP.
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