Sistemas híbridos são alternativas para suprimento de energia em regiões isoladas

Em pesquisa desenvolvida no Instituto de Energia e Ambiente (IEE) da USP, engenheiro analisou viabilidades para o abastecimento de energia elétrica em localidades no Sistema Isolado (Sisol) que estão, em sua maioria, na região Norte do País, a longas distâncias das capitais e em locais de florestas densas

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 03/06/2021 - Publicado há 3 anos
Novos Cientistas - USP
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Sistemas híbridos são alternativas para suprimento de energia em regiões isoladas
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Na entrevista desta quinta-feira (3) dos Novos Cientistas, o engenheiro químico Thales Borges Amaral explicou sobre sua pesquisa desenvolvida no Instituto de Energia e Ambiente (IEE) da USP em que analisou alternativas para abastecimento de energia elétrica em localidades no Sistema Isolado (Sisol). No Brasil, até o início deste ano, havia cerca de 271 localidades nesta situação. Muitas delas com acesso precário à energia elétrica. “Nesses locais, a energia é disponibilizada por sistemas de geração térmica alimentados a óleo diesel, que implica alto preço final de energia”, descreveu Amaral. Segundo o engenheiro, estas localidades situam-se, em sua maioria, na região Norte do País, a longas distâncias das capitais, em locais de florestas densas, onde não há integração com o Sistema Interligado Nacional (SIN).

No estudo intitulado Alternativas para o provimento de energia elétrica em regiões isoladas da Amazônia: análise de viabilidade de sistemas híbridos com diesel, solar FV e bateria, que teve a orientação da professora Virgínia Prente, Amaral analisou, por meio de um estudo de caso, outra viabilidade de fornecimento a essas localidades. “Nesses locais, minha sugestão é substituir a geração de energia por fonte exclusivamente térmica por um sistema híbrido composto de painel fotovoltaico, bateria e gerador térmico a diesel” explicou o engenheiro.

Este foi um estudo técnico econômico realizado para um lote selecionado da 2º Etapa do Leilão 02/2016 do Sistema Isolado da Amazônia, que considerou a especificidade de demanda energética local e os custos de equipamentos e do combustível necessário para atender à demanda local de cada um. “No lote composto de 20 localidades da região amazônica, observamos que o valor da energia no sistema híbrido seria menor em 13 das 20 localidades estudadas”, afirmou. Estas 13 localidades representam, segundo o engenheiro, 97% de toda a demanda do lote. Os resultados encontrados indicam que 65% das localidades isoladas conseguiram ter um custo nivelado da eletricidade menor, quando comparado com o sistema exclusivamente térmico alimentado a óleo diesel.


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