O podcast Saúde Sem Complicações desta semana recebe Alessandra Cristina Marcolin, professora do Departamento de Ginecologia e Obstetrícia da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP, para falar sobre gravidez de alto risco. Na entrevista, a especialista explica como é essa gestação e suas características.
O que é a gravidez de alto risco?
Segundo Alessandra, geralmente, esse quadro ocorre diante de fatores de risco como idade, etnia e peso acima do normal; tabagismo, alcoolismo, uso de drogas e algumas medicações também podem ser razões importantes. Além disso, uma “condição de risco própria da gestação”, como o desenvolvimento de hipertensão, diabete, sangramento placentário, gestação gemelar ou crescimento inadequado do feto ainda podem ser causas de risco.
Alertas que podem indicar gravidez de alto risco
Sangramentos, por exemplo, constituem condição anormal durante a gestação, informa a professora. Contrações “do tipo cólica”, antes de 37 semanas de gravidez, também são alertas importantes. Alessandra ainda chama a atenção para dúvidas relacionadas aos movimentos do bebê nos últimos três meses de gestação, sintomas de infecção urinária, febres, dificuldades respiratórias, muitas dores de cabeça, enjoos e vômitos, perda de líquido pela região genital e corrimentos. Segundo a especialista, esses sintomas indicam à gestante necessidade de atendimento médico.
Além disso, diz a médica, doenças já estabelecidas na vida da paciente devem estar controladas. “Peso adequado e ingestão de vitaminas importantes à gravidez também são necessárias para uma boa gestação”, afirma a professora, que também comenta riscos em gestações acima dos 35 e 40 anos de idade, e também diante da gravidez precoce.
Pré-natal precoce
Alessandra adianta a importância do pré-natal precoce, com adesão e comparecimento às consultas, além de medicações e exames essenciais à mulher grávida. Na gestação de alto risco, “as consultas são muito mais frequentes, de acordo com o problema que ela (gestante) tem”, explica a especialista. Nesse sentido, exames de sangue, e que avaliam o comprometimento dos rins e fígado, coagulação, presença de anemia, infecções no canal de parto e problemas no coração são as apurações mais frequentes.
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Edição: Rita Stella
Coordenação: Rosemeire Talamone
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