Saúde Sem Complicações #65: Gestação é uma das principais causas da incontinência urinária feminina

Existem três tipos de incontinência urinária e, para cada qual, um tratamento diferente. O diagnóstico precoce pode evitar cirurgias

 06/07/2021 - Publicado há 3 anos
Saúde sem complicações - USP
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Saúde Sem Complicações #65: Gestação é uma das principais causas da incontinência urinária feminina
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O podcast Saúde Sem Complicações desta semana recebe Pedro Sérgio Magnani, médico do Departamento de Ginecologia e Obstetrícia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (HC-FMRP) da USP, para falar sobre incontinência urinária feminina. Na entrevista, o médico explica o que é essa condição, suas possíveis causas e tratamento. 

O que pode causar a incontinência urinária?

Trata-se da perda involuntária de urina. O problema tem várias causas, mas uma das principais é a gestação, além de obesidade, fator genético e doenças como a diabete ou as que atingem o sistema nervoso. Segundo Magnani, a menopausa ainda é um dos fatores que levam ao agravamento da incontinência urinária. Já em mulheres mais jovens, além da gravidez, outra causa pode estar relacionada com a “alteração na estrutura de sustentação da bexiga”.  

O médico conta que existem três tipos de incontinência urinária: de esforço, “quando a mulher tosse, espirra, dá gargalhada”; de urgência, “em que a pessoa tem que correr no banheiro” e que mais afeta a qualidade de vida; e a mista, a mais comum e que tem sintomas dos tipos anteriores.

Como tratar incontinência urinária feminina?

De forma geral, controlar o ganho de peso é uma das maneiras de minimizar os efeitos do problema, informa Magnani.

No caso da incontinência urinária de urgência, é preciso evitar o tabagismo, bebidas alcoólicas, frutas cítricas, cafeína, excesso de pimenta e condimentos. Além disso, existem várias medicações que podem ajudar a controlar o problema, que, no entanto, não tem tratamento cirúrgico.

Já a incontinência urinária de esforço pode ser prevenida com fisioterapia, já que, para esse caso, não existe medicamento. Mas, com o exame de urodinâmica e avaliação clínica, é possível falar em cirurgia para o problema. Na incontinência urinária mista, é preciso “individualizar caso a caso”.

Segundo Magnani, com o diagnóstico precoce da incontinência urinária é possível até evitar procedimentos cirúrgicos. 

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