Saúde sem Complicações #32: Raquitismo por carências nutricionais pode ser curado com vitaminas e tratamento ortopédico

Doença que afeta a formação óssea da criança também pode ter origens genéticas que ainda não têm cura, mas são controláveis por tratamentos

 29/09/2020 - Publicado há 3 anos
Saúde sem complicações - USP
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Saúde sem Complicações #32: Raquitismo por carências nutricionais pode ser curado com vitaminas e tratamento ortopédico
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O podcast Saúde Sem Complicações desta semana recebe a especialista em Pediatria e Endocrinologia Pediátrica, Soraya Sader, para falar sobre raquitismo. Médica assistente do Departamento de Puericultura e Pediatria da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP, Soraya conta que o raquitismo é uma doença infantil caracterizada por alterações na formação dos ossos, mais especificamente na placa de crescimento. Essas alterações fazem com que os ossos se tornem fracos e amolecidos, podendo levar a deformidades ósseas. 

A especialista afirma que a doença também pode ocorrer em adultos, mas é conhecida por outro nome, osteomalácia, mas, diferentemente do raquitismo, a versão em adultos não ocorre na placa de crescimento e sim no restante dos ossos.

O raquitismo, segundo a médica, pode ser provocado pela carência de vitamina D e cálcio ou, em casos mais raros, por alterações genéticas. Pode ainda ser resultado de doenças renais que provoquem a perda excessiva de cálcio e fósforo na urina.

Soraya enumera os principais sintomas do raquitismo, que incluem gengivites e cáries frequentes e atraso do desenvolvimento neuropsicomotor, ou seja, a criança demora para começar a sentar, engatinhar e andar. Diz também que podem ocorrer deformidades aparentes das pernas ao andar e engatinhar e, em alguns casos, no formato do crânio.  

O diagnóstico é realizado através de exames de sangue, urina e raios X, avaliados por um médico especialista que verifica “os valores de cálcio, fósforo, vitamina D e as deformidades ósseas”. O tratamento, segundo Soraya, envolve a reposição de vitamina D, fósforo e cálcio, além de procedimentos ortopédicos. Porém, adianta a especialista, para os casos de alteração genética ainda não existe cura, mas, sim, um controle da doença. 

Para saber mais, ouça o podcast na íntegra no player acima.

 

 


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