Quilombo Academia: a telúrica miscigenação na multiplicidade africana de Roberto Carlos e Lula Barbosa

Programa revela a influência afro-ameríndia na MPB

 21/04/2023 - Publicado há 12 meses     Atualizado: 27/04/2023 as 13:12
Quilombo Academia - USP
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Quilombo Academia: a telúrica miscigenação na multiplicidade africana de Roberto Carlos e Lula Barbosa
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É inegável a identificação que se vê no protagonismo da jovem guarda com as mais largas faixas da população brasileira. Esse fenômeno é percebido na empatia que a música de Roberto Carlos, sempre teve com os jovens mais empobrecidos, permitindo-lhe o status de ultimo artista de multidão, ao lado do Orlando Silva e o palhaço Benjamin de Oliveiro, que nesse contexto foi o primeiro. Nota-se que o Orlando Silva, foi afrodescendente e Benjamim de Oliveira, negro retinto. A força do sucesso do Roberto Carlos, que foi considerado Rei da Juventude, está na amplitude da representação da sua arte, que contemplava setores minoritário, marginalizados da suporta perfeição e bela intocável desse artista. Roberto Carlos é miscigênico, com inegável feição impregnada de multiplicidade, na qual o negro e o índio estão presentes, abrangendo ainda deficiente como minoria. O sucesso do Roberto Carlos tem origem na tamboralidade do violão do canto da bossa nova, na baianidade ibero-ásio-afro-ameríndia de João Gilberto. É nessa afro-guaranidade que o compositor e interprete Lula Barbosa movimenta mostrando-se também próximo do comportamento miscigênico com o rei da juventude. É nessa multiplicidade telúrica da música negra que se observa no Lula Barbosa analogias com o Roberto Carlos.


Quilombo Academia

O Quilombo Academia é transmitido as quintas-feiras, às 13 horas, com reapresentação aos domingos, às 19 horas e 30 minutos, na Rádio USP São Paulo e Ribeirão Preto, e também por streaming. As edições do programa estão disponibilizadas nos podcasts do Jornal da USP (jornal.usp.br) e nos agregadores de áudio como Spotify, iTunes e Deezer.

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