A plataforma Airbnb chegou ao Brasil em meados de 2012. “Chegou em tamanho reduzido, mas visando à possibilidade de oferecer locações para a Copa do Mundo de 2014”, contou o publicitário Leonardo Bars Humes, que foi o entrevistado desta quinta-feira (21) no podcast Os Novos Cientistas. Ele é autor da dissertação de mestrado intitulada Relações entre propaganda, self estendido e consumo colaborativo: uma abordagem de método misto no contexto da Airbnb, apresentada na Escola de Comunicações e Artes (ECA) da USP. O estudo teve a orientação do professor Otávio Bandeira de Lamônica Freire.
A Airbnb, de acordo com Humes, é um concorrente de peso que hoje atua no setor hoteleiro do Brasil. “Na época que eu estava conduzindo o estudo, o consumo colaborativo e a própria Airbnb eram fenômenos em ascensão”, descreveu. Por conta disso, como informou, existiam lacunas de informações que eram relevantes dentro do que o pesquisador desejava estudar. “A proposta de meu estudo foi entender se a estratégia de propaganda que a Airbnb utilizava fazia sentido no Brasil, dentro do consumo colaborativo”, explicou. “Estamos falando de uma companhia que, atualmente, vale mais de US$ 100 bilhões e disponibiliza mais de US$ 140 milhões de reservas por ano em mais de 190 países”, estimou o publicitário.
Em sua pesquisa, o estudioso realizou entrevistas em profundidade com usuários da plataforma no Brasil. “Entrevistei pessoas de vários Estados para entender um pouquinho sobre o uso que elas faziam do serviço”, contou. A partir dessas informações e de outros dados, o pesquisador criou um “modelinho teórico” para explicar o papel da propaganda e como ela funcionava no Brasil. De acordo com Humes, a Airbnb não costuma fazer usualmente propagandas em televisão. “Ainda que tenha feito algumas no passado, a plataforma concentra seus esforços principalmente nas redes sociais e no meio digital”, informou.
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