Pílula Farmacêutica #17: Câncer colorretal está relacionado a hábitos de vida não saudáveis

O Instituto Nacional de Câncer (INCA) estima que, entre 2020 e 2022, sejam diagnosticados no Brasil 40.990 novos casos de câncer colorretal por ano. É o segundo tipo mais frequente de câncer em homens e mulheres

 16/03/2020 - Publicado há 4 anos
Pílula Farmacêutica - USP
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Pílula Farmacêutica #17: Câncer colorretal está relacionado a hábitos de vida não saudáveis
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Março é o mês de combate e prevenção ao câncer colorretal, tipo de tumor que ataca a parte final do intestino e o reto. Estatísticas do Instituto Nacional do Câncer, o Inca, estimam em torno de 50 mil diagnósticos de câncer colorretal no Brasil para 2020. A doença afeta quase igualitariamente homens e mulheres e deve levar à morte cerca de 19 mil pessoas.

O câncer colorretal é o segundo mais frequente tipo de tumor e, nos Estados Unidos, chega a ser a terceira principal causa de morte por câncer. É um tumor que geralmente começa com pólipo no intestino grosso, uma espécie de crescimento anormal de tecidos nas paredes internas do órgão. Mas, se descobertos precocemente, as chances de cura aumentam consideravelmente.  

Os sintomas desse tipo de câncer envolvem sangue nas fezes, diarreia ou prisão de ventre alternados, dor abdominal, fraqueza, perda de peso e a formação de massa estranha na barriga. Alguns desses sintomas são comuns em outros problemas de saúde cotidianos como úlceras, então o aparecimento de algum deles não é motivo de alerta, contanto que desapareça em alguns dias.

O surgimento desse câncer tem relação, principalmente, com hábitos de vida, sendo fatores de risco fumar, beber, o sedentarismo, a ingestão exagerada de carne vermelha, o excesso de frituras, baixa ingestão de fibras e a obesidade. Ter mais de 50 anos, ter a doença de Crohn e ter exposição frequente à radiação também são causas do câncer colorretal, além de fatores genéticos.

O tratamento do câncer colorretal consiste em uma cirurgia para remover a área doente do intestino ou do reto e os gânglios de defesa localizados perto. Depois da cirurgia, pode-se recorrer a medicamentos, radioterapia e quimioterapia para evitar que o câncer volte a crescer. O tratamento frequentemente é bem-sucedido.

Algumas medidas podem ser adotadas para prevenir o câncer colorretal, segundo a acadêmica Kimberly Fuzel, orientada da professora Regina Andrade, da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da USP em Ribeirão Preto, como a prática de exercícios físicos, uma alimentação balanceada, beber bastante água e manter o peso adequado.

Um câncer colorretal no seu primeiro estágio tem uma taxa de sobrevida de noventa e dois por cento. Já no estágio quatro, o último, essa taxa é de apenas doze por cento. Isso significa que de cem pessoas diagnosticadas com câncer colorretal de estágio quatro, apenas doze vivem mais de cinco anos após o diagnóstico.

Caso você tenha sinais ou sintomas persistentes de câncer colorretal, procure a unidade de saúde mais próxima de você. O tratamento pode ser feito gratuitamente pelo SUS.


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