Nesta edição do Pílula Farmacêutica, a acadêmica Amanda Pereira de Araujo, orientada pela professora Regina Andrade da Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto (FCFRP) da USP, fala sobre o aminoácido essencial beta-alanina, utilizada como suplemento alimentar na melhoria do desempenho físico de atletas e seu potencial terapêutico para tratar doenças do envelhecimento celular como Alzheimer e perda da resistência muscular.
A acadêmica informa que a beta-alanina é um aminoácido não essencial, produzido naturalmente pelo corpo com função de “servir como precursor da carnosina, um dipeptídio que melhora a resistência muscular e reduz a fadiga durante exercícios intensos”. Porém, esse aminoácido também pode ser encontrado em alimentos e na forma de suplementos alimentares.
Quando ingerida como suplemento, a beta-alanina pode reduzir a fadiga e melhorar a função muscular, mas não deve ser usada sem recomendação e acompanhamento médico ou nutricional. Segundo Amanda, o uso em excesso ou a interação com outros suplementos e medicações podem trazer efeitos colaterais indesejáveis. Quanto aos benefícios às doenças do envelhecimento avisa que, apesar da ajuda na melhora da força muscular e até da saúde do cérebro, ainda faltam “estudos clínicos extensivos para validar a eficácia e a segurança do uso da beta-alanina em diferentes populações e em condições de saúde necessárias”, conclui.
Coordenação: Rosemeire Talamone