Música alternativa brasileira é tema de pesquisa na USP

Uma pesquisa de doutorado realizada na Escola de Comunicações e Artes (ECA) da USP analisou trajetórias de uma comunidade musical denominada música alternativa brasileira. O objetivo foi entender o que caracteriza essas práticas contemporâneas e como elas se manifestam na comunidade em questão

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 05/08/2021 - Publicado há 3 anos
Novos Cientistas - USP
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Música alternativa brasileira é tema de pesquisa na USP
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Na entrevista desta quinta-feira (5) nos Novos Cientistas o músico e pesquisador Felipe Berger Faraco descreveu como realizou a pesquisa de doutorado intitulada Música alternativa brasileira: análise de trajetórias. Sob a orientação do professor Eduardo Vicente, Berger buscou entender alguns fazeres contemporâneos de música e como se dão essas práticas. “Podemos traçar a origem do que chamamos comunidade ao momento da internet, entre os anos 1990 e 2000”, informou o músico. Foi quando, segundo o pesquisador, serviços que ainda eram exclusivos de grandes gravadoras passaram a ser executados com menos capital financeiro. “Pudemos então ver pessoas produzindo raps e músicas eletrônicas em casa, no computador”, descreveu Berger.

A pesquisa, como contou o músico, teve início a partir de um levantamento bibliográfico. “Já existem alguns trabalhos, mas são sempre poucos. Trabalhar com e sobre a música popular ainda é uma aventura e um desafio para os pesquisadores”, destacou Berger. Segundo ele, trata-se de uma cultura riquíssima. Num segundo momento, após construir uma base teórica, o pesquisador realizou entrevistas com membros do grupo na cidade de São Paulo, e realizou investigações sobre o que estava acontecendo. “Além disso, a minha vivência de campo também foi importante, pois sou uma parte integrante desse grupo”, disse.

Como principais resultados do estudo, Berger menciona a descrição do contexto de surgimento do fenômeno; a distinção entre a maneira como se estruturam os discursos da comunidade e suas práticas; e a proposição de uma matriz de organização, capaz de dar conta da investigação acerca do grupo. “Podemos dizer que esse fenômeno acontece em várias capitais e cidades brasileiras mas ele é um fenômeno de nicho em todos os espaços”, afirmou o pesquisador


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