Agenor de Miranda Araújo Neto (1958 – 1990), mais conhecido como Cazuza, foi cantor, compositor, ator, poeta e letrista. Iniciou sua carreira como vocalista e letrista da banda Barão Vermelho e, em 1985, Cazuza decidiu seguir carreira solo a fim de ter mais liberdade em sua composição musical. Nesse mesmo ano, lançou seu primeiro álbum, Exagerado, que contém um dos seus maiores sucessos, a faixa-título Exagerado. Com uma discografia de sete álbuns, Cazuza foi reconhecido pela crítica como um dos maiores poetas da música brasileira (com informações da Wikipedia). Leia e ouça mais Mosaicos de Cazuza aqui.
“Escreveu os primeiros versos em 1975, quando tinha somente 17 anos. Cazuza foi o dono do verbo mais incisivo. O poeta desbocado que apontou os ratos do piscinão nacional, desnudando a hipocrisia da sociedade brasileira em letras que pareciam mixar a rebeldia da poesia de Rimbaud (1854 – 1891) com as vísceras de Lupicínio Rodrigues (1914 – 1974) e com a fossa de Maysa (1936 – 1977) enquanto hasteava a bandeira da liberdade” (Mauro Ferreira, do G1).
O Tempo Não Para é o quarto álbum solo lançado em 1988. O tempo não para, em específico, foi composta por Cazuza em parceria com Arnaldo Brandão, baixista e vocalista do Hanói-Hanói. O verso “Mas se você achar que eu tô derrotado / Saiba que ainda estão rolando os dados” é uma alfinetada na mídia, que já lhe dava como morto. Abordando, ao mesmo tempo, sua batalha pessoal contra a AIDS e a situação política do país, é uma obra-prima que permanece atual (com informações de Wikipedia e Letras.com)
Além disso, o autor se descreve como mais um cara: um sujeito banal, que está esgotado de lutar tanto contra algo que não está trazendo nenhum resultado. Neste caso, é possível relacionar esta estrofe tanto às inúmeras internações do cantor e viagens para os Estados Unidos na esperança de encontrar uma cura para a AIDS, quanto a um sentimento de desgaste do cidadão comum brasileiro, cansado de correr contra a corrente e não alcançar vitória alguma. Para Cazuza, ainda havia esperança de um País melhor, mas só o tempo iria dizer (Letras.com).
Ao som de O tempo não para, Júlia Sardinha, estudante de Jornalismo na Escola de Comunicações e Artes da USP, participou da enquete do programa Mosaicos Culturais, da Rádio USP. Júlia, contou que gosta muito do trecho da canção que diz “‘a tua piscina tá cheia de ratos‘, incrível, poético”. Para a estudante, Cazuza é impressionante por ser um ícone nos anos 1880, “acho incrível como ele mobilizou tantas pessoas”.
Ouça o podcast no link acima
O programa celebra a diversidade cultural, a riqueza da música brasileira e cria um senso de comunidade. O objetivo é dar voz aos estudantes da USP por meio de entrevistas sobre gostos e percepções musicais . Este podcast reproduz a experiência de escuta no programa Mosaicos Culturais – Ouça o Que Estudantes Ouvem, transmitido nos dias 7 e 8 de novembro de 2024.
Se você deseja se juntar a nós nessa jornada musical, basta enviar um áudio compartilhando as melodias que embalaram seus dias e também as próprias interpretações sobre a interseção entre música e cinema. Estamos ansiosos para ouvir sua contribuição! Sua participação é essencial para enriquecer nosso dropes!
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Por Caroline Kellen
Estagiária sob supervisão de Magaly Prado
Mosaicos Culturais
Ouça o que estudantes ouvem
Estudantes da USP podem participar de Mosaicos Culturais. Basta gravar um áudio respondendo à pergunta “O que você anda ouvindo?” e enviá-lo para a Rádio USP pelo WhatsApp (11) 97281-5789.
Mosaicos Culturais vai ao ar de segunda a sexta-feira, às 11h e às 16h na Rádio USP (93,7 MHz, em São Paulo, e 107,9 MHz, em Ribeirão Preto), e ainda via internet, através do site da emissora no link jornal.usp.br/radio/. É possível também sintonizar a versão podcast pela internet em jornal.usp.br/podcasts/ Todos os episódios de Mosaicos Culturais – Ouça o Que os Estudantes Ouvem estão disponíveis na página de seu arquivo neste link.
Apresentação e edição: Regina Lemmi
Identidade sonora e produção: Bruno Torres
Edição: Cid Araujo
Supervisão: Magaly Prado
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