Momento Sociedade#10: Políticas de mobilidade urbana são marcadas pelo imediatismo

No dia 6 de setembro, a cidade de São Paulo foi surpreendida por uma greve de ônibus. A paralisação foi motivada pela redução da frota e pela manutenção de postos de trabalho. Partindo desse fato, o Momento Sociedade desta semana discute a importância desse modal para a mobilidade urbana. Segundo José Luiz Portella, as políticas brasileiras são marcadas pelo imediatismo e grandes ideias, como as ciclovias ou corretores de ônibus, que acabam sendo implementadas de maneira equivocada

 10/09/2019 - Publicado há 5 anos     Atualizado: 17/09/2019 as 8:51
Momento Sociedade - USP
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Momento Sociedade#10: Políticas de mobilidade urbana são marcadas pelo imediatismo
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Momento Sociedade desta semana, com o pesquisador José Luiz Portella, é uma reflexão sobre a mobilidade urbana, partindo de um fato recente: a greve de ônibus em São Paulo no dia 6. A paralisação parcial foi justificada pela redução da frota e pela manutenção de postos de emprego.

Para Portella, a greve de ônibus ressaltou a importância que o modal possui. “O ônibus tem a capacidade de transportar entre 3.800 e 40 mil passageiros por hora/sentido”, expõe. Essa variação ocorre devido aos diferentes modelos de ônibus e corredores existentes. O pesquisador comenta que o Metrô consegue transportar entre 60 mil e 100 mil passageiros por hora/sentido. Cada modal possui sua significação e deve ser pensado visando à integração.

“Há três grandes ideias implantadas de forma errada no Brasil: corredor de ônibus, limite de velocidade e ciclovia”, discorre Portella. As implantações foram marcadas pelo imediatismo na visão do pesquisador; faltando, portanto, um trabalho aprofundado de pesquisa para adequar essas ideias às especificidades de cada município brasileiro.


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